A
Pedagogia Materna do Não
Luciana
Franck
Neste ano, dois acontecimentos lamentáveis envolvendo jovens chocaram nossa querida
Brasília.
O primeiro foi o estudante que matou a ex-namorada
no laboratório da UNB e depois, ouço no rádio, que outro jovem rapaz, também
por não aceitar o fim do relacionamento,
tirou a vida da ex-companheira e,
em seguida cometeu suicídio.
O
que tem de semelhante nos referidos acontecimentos? Indivíduos que não souberam
aceitar um não.
Assim,
como muitas mães, fiquei sensibilizada com essas notícias Como o assunto não
saía da minha cabeça, tive o seguinte insight:
Minha
intenção não é criticar ou julgar as mães dos rapazes que cometeram tais
atrocidades (sinceramente, peço a Deus que console os corações de ambas as
famílias dilaceradas pelo ocorrido), mas refletir como podemos ajudar nossos
filhos a lidar com determinadas situações boas ou ruins que a vida lhes
apresente.
Sabemos
como pais, como é difícil dizer não para as crianças. Se você é assim como eu, que para terminar com uma birra que quase te
enlouquece, acaba cedendo, estamos no
mesmo barco.
Diante
desse meu devaneio, lembrei da conversa com uma sábia amiga sobre a minha dificuldade em colocar limites
no meu filho de dois anos e oito meses, que está no auge da chamada Adolescência
do bebês, (nem sabia que existia
essa fase ).
Ela me disse algo que não esqueci, embora já
soubesse. Porém, às vezes precisamos
ouvir de outra pessoa para internalizar
:
- “Lu, a vida vai dizer mais não do que sim para nossos filhos, por isso temos que ensiná-los a lidar com os nãos”.
Lembrei
também da citação de Augusto Cury:
“Bons pais preparam os filhos para os
aplausos, pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos”.
Então
cheguei a conclusão: como é importante dizer não, isso faz parte do crescimento dos nossos filhos como pessoas.
Portanto,
não devemos ficar com a consciência pesada em dizer os nãos da vida, quando esses presentes de Deus precisarem ouvi-los. Mesmo que te olhem com aquela
carinha mais linda do mundo. Quando dizemos não, segundo especialistas:
- fortalecemos a nossa autoridade;
- nossos filhos se tornam crianças mais seguras; e
- contribuímos para prepará-los para a vida adulta.
Que
possamos aprender com o Mestre dos mestres: “Sejam duas palavras sim, sim ou
não, não, o que passar disso é do Mal” .
( Mt. 5 -37).
Fica
aqui minha pergunta, usando método socrático para nossa reflexão:
-
Será que como pais podemos realmente
contribuir para que nossos filhos
aprendam a lidar com os fracassos
e as perdas da vida?
Com
carinho e um abraço,
Luciana
Franck
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