quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sugestão de livro: Como preservar a família em tempos de crise. Orlando Boyer Editora CPAD

 
Eis um trecho do livro: Como preservar a família em tempos de crise. Orlando Boyer  Editora CPAD.
 
1. Todos nós Dentro - O Supremo Alvo


“Voltei o meu rosto para o Senhor Deus”,
afim de implorar com oração e súplicas,
em jejum e saco e cinza.

Daniel 9.3
"Querido, está anoitecendo?" perguntou a velhinha d noventa e sete anos. Vendo o
marido que ela estava morrendo inclinou-se para responder: "Sim, Marta, está anoitecendo'
No seu delírio, ela pensava achar-se, como no passado, cor os seus queridos no culto
doméstico, por isso insistiu:” Os filhos estão todos em casa? "Sim, todos os filhos estão em
casa, Marta". O último fora chamado à casa celestial, havia três anos. Depois de algum
tempo, ela continuou: "Vou já casa, também". "Sim, Marta, tu vais agora". "E, tu, querido
também irás?" Sim, pela graça de Deus, irei!
Ela estendeu as mãos e, colocando-as ao redor do pescoço do marido, fez com que ele se
abaixasse ao seu lado, balbuciou: "E ele fechará todos nós dentro".
Podes tu dizer o mesmo da tua família: 'Todos nós dentro “Como é triste teres um filho
pródigo ou uma filha perdida!

Será que teremos de admitir, um dia, que alguns membros de nossa família foram

excluídos do lar eterno? Para que isto não ocorra, não podemos perder a mira deste alvo:”

Todos nós dentro “e ter inteira certeza de acertar”.

Certa revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: "Um dos grandes

prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes bombardeiros e aviões de

transporte cortam o espaço a centenas de quilômetros por hora, com a terra coberta pelas

nuvens, ou pela escuridão; seguem, porém, o seu curso com os movimentos

automaticamente controlados por giroscópios".

A agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido pelo

aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será atingido. É possível

que nós, pais, pastores, professores da Escola Dominical, jovens e anciãos, ainda não

tenhamos marcado quaisquer alvos. No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal

de contas, conduzindo algo muito mais precioso do que os aviões de carga; estamos

conduzindo toda a nossa família.

No início de sua humilde, mas brilhante carreira, disse Daniel que assentara firmemente

em seu coração não se contaminar com as iguarias de Babilônia. Mais adiante, acrescenta:

"Voltei o meu rosto para o Senhor Deus, a fim de implorar com oração e súplicas, em jejum

e saco e cinza". Daniel decidira qual o porto do seu destino, por isso pôde seguir a viagem

no mar tempestuoso e perseverar até o longínquo e desejado porto. Este também é o

segredo de todos os outros heróis da fé.

Se não te esforçares, não poderás desfrutar da aventura de ver todos os membros da tua

família entrarem contigo no céu. E indispensável que assentes este alvo em teu coração,

como o fez Daniel.

Nos capítulos seguintes, estão traçados os objetivos que devem tornar-se partes

integrantes de teu ser. E imperativo que, sem demora, assestes o "piloto automático"; e que

lutes para que este supremo alvo seja atingido, então poderás cantar:

“Na Jerusalém de Deus!”.

Oh! Que gozo e alegria,

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Quando o povo ali chegar

Em Jerusalém! Em Jerusalém!

2. Toda a tua Família é Salva?


“Pela fé Noé, divinamente avisado a respeito das coisas”.

que ainda não se viam, sendo temente a Deus, construiu

uma arca para o salvamento da sua casa.

Hebreus 11.7

Certa vez irrompeu pavoroso incêndio numa escola, deixando cerca de setenta crianças

presas pelas chamas.
/ multidão, que se ajuntara no lugar do sinistro, corria angustiada e

confusa; uns para cá, outros para lá. Não podendo alcançar seus filhos, por causa do intenso

calor, as mães clamavam por eles como loucas. Homens fortes, diante da quele quadro, só

podiam lamentar: "O, que posso fazer par salvar meu filhinho?"

Ouviram-se, então, apesar do alvoroço, os gritos de um menino que, vendo o pai,

perguntou: "Papai, não pode salvar-me?! Não vens acudir-me?!" Mais alto que o alarido

agonizante das outras crianças, persistiam os gritos: "Papa não podes salvar-me? Não vens

acudir-me?!" Apesar de esforços sobre-humanos, o pai nada pôde fazer pelo filhe Poucos

dias depois, aquele pobre homem também morreria, com os rogos do menino a ecoar-lhe

nos ouvidos: "Papai, não podes salvar-me?! Não vens acudir-me?!"

Por acaso, não ouvimos também os gritos de nossos filhos que se vêem ameaçados neste

mundo de horror? E o pior é que, não somente os seus corpos, mas principalmente as suas

almas, acham-se na iminência de se perderem ... por toda a eternidade!

Quantos pais e mães já persistiram em oração até ver todos os seus filhos salvos, baseando

suas súplicas nesta promessa infalível: "Se dois de vós sobre a terra concordarem em pedir

alguma coisa, ser-lhes-á feita por meu Pai que está nos céus"? Se somos verdadeiramente

crentes, podemos orar com confiança inabalável, firmando-nos nas muitas promessas que

encontramos através de toda a Bíblia.

A primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao

patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua

família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado

que nos quer destruir. Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o

indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora

desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se

tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiarse

em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime

que destrói o mundo atual.

Na vida de Abraão, Deus cumpre mais uma vez a sua vontade acerca da família. Disse o

Senhor ao patriarca: "Porque o tenho escolhido, a fim de que ordene a seus filhos e a sua

casa depois dele, que guardem o caminho de Jeová" (Gn 18.19). Aqui, o Senhor enfatiza por

que chamou a Abraão; chamou-o para que ele conhecesse sua responsabilidade para com

seus filhos e sua casa. E o número daqueles que estavam a serviço do patriarca elevou-se até

trezentas e dezoito almas (Gn 14.14). Quantos de nós poderiam ser escolhidos por haverem

ordenado a sua casa conforme recomenda-nos o Senhor?

Por não seguirem o exemplo de Abraão, alguns dominam seus filhos com tanta dureza e

tirania, que jamais conseguirão levá-los ao Deus de amor. Outros, como Eli (1 Sm 3.13),

são indiferentes à obrigação de governar sua casa, por isto estão na iminência de perderem

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os filhos. Vejamos como agia o neto de Abraão: "Então disse Jacó à sua família... purificaivos

e mudai os vossos vestidos, levantemo-nos e subamos a Betei (casa de Deus). Ali

faremos um altar ao Deus..." (Gn 35.2,3). Temos nisto um bom exemplo de culto doméstico

e consagração de toda a família a Deus.

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