segunda-feira, 5 de junho de 2017

Eis um notável comentário de C. S. Lewis sobre Deus!!!



Um “deus impessoal” – é algo agradável e bom. Um Deus subjetivo de beleza, verdade e bondade em nossa mente – é melhor ainda. Uma força vital informe que irrompe através de nós, um poder imenso que podemos tocar de leve – é o melhor de todos. Mas deus mesmo, aquele que vive, que está na outra extremidade da linha, aproximando-se  talvez em velocidade infinita, o caçador, o rei, o esposo – é outra coisa muito diferente. A hora na qual as crianças que brincavam de polícia e ladrão emudecem de repente: seria uma pegada de verdade no salão? Chega o momento em que as pessoas interessadas em religião (“ A busca do homem por Deus”) param e retrocedem de súbito. Será que realmente o achamos? Não era jamais nossa intenção chegar a tal ponto! Pior ainda, será que foi ele quem nos achou!
Se existir um Deus, você está, em certo sentido, sozinho com ele. Não pode dispensá-lo com especulações sobre seu vizinho do lado, nem com as memórias daquilo que você leu nos livros. O que será de toda aquela tagarelice e alegações ouvidas a esmo (será que vai conseguir se lembrar delas?) quando a neblina anestesiante a que chamamos de “natureza” se dissipar e a presença diante da qual você sempre esteve se tornar palpável, imediata e inevitável? C.S. Lewis (1947)

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