O QUE OS PAIS NÃO DEVEM FAZER
"O conhecimento de certas estratégias comportamentais pode ajudar muitos
pais a corrigirem hábitos que, de uma maneira ou de outra, acabam por
contribuir para o aumento da tensão familiar. Vamos referir alguns
aspectos que devem ser evitados porque estimulam a desobediência.
• DAR ORDENS À DISTÂNCIA - Falar de um quarto para o outro (onde
está a criança) é algo completamente ineficaz, pois ela irá manter-se
desatenta e sem cumprir a ordem. As ordens têm de ser dadas
presencialmente, assegurando-se que ela as compreendeu.
• DAR ORDENS VAGAS - Pedir à criança que se comporte “como um bom
menino” não clarifica o que se espera e o que não se espera que ela
faça. Há que ser o mais concreto possível!
• DAR ORDENS COMPLEXAS - Havendo de antemão dificuldade em fixar
na memória de curto prazo as actividades a fazer, solicitar a execução
de várias tarefas só servirá para tornar a sua realização menos
provável.
• DAR ORDENS COM ANTECEDÊNCIA - Ordenar a uma criança com TOD
que, quando acabar de brincar, tem de arrumar os brinquedos, só serve
para interromper o prazer que ela está a ter, já que as ordens serão
esquecidas.
• DAR ORDENS ACOMPANHADAS DE MUITAS EXPLICAÇÕES - Muitos pais, de
modo a evitar parecer autoritários, perdem-se em argumentações sobre as
necessidades do cumprimento das ordens. Como a criança não consegue
estar atenta durante muito tempo, é bastante provável que no final da
explanação do progenitor ela já não se lembre da maior parte do que foi
dito.
• DAR ORDENS SOB A FORMA DE PERGUNTA -Perguntar”podes ir agora
fazer os trabalhos de casa?” deixa um espaço livre para que a criança
diga que não. As ordens devem ser claras e assertivas.
• DAR ORDENS EM TOM AMEAÇADOR - É frequente que, antevendo a
batalha que vai ser travada após uma solicitação, os pais dêem a ordem
já em tom de ameaça, como se a recusa já tivesse ocorrido. Assim, a
criança vai tender a imitar o progenitor e a reagir no mesmo tom, uma
vez que o clima de hostilidade já está instalado.
Um aspecto de enorme importância prende-se com a consistência entre o
casal, ou seja, o pai e a mãe devem esforçar-se por ter a mesma atitude,
caso contrário essa desarmonia será facilmente detectada pela criança e
até usada para manipular os progenitores. Face a este quadro, torna-se
muitas vezes necessário um acompanhamento psicológico. O psicólogo pode
ajudar a criança a lidar com a frustração e a encontrar canais mais
saudáveis de escoamento dos sentimentos de hostilidade, ao mesmo tempo
que se torna necessário ajudar os pais a lidar por essa difícil e
desgastante tarefa."
http://contadoresdestorias.wordpress.com/
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