quarta-feira, 27 de junho de 2018

“Cheguei a escutar que jamais seria aprovada porque teria um filho”





“Cheguei a escutar que jamais seria aprovada porque teria um filho”
Promotora vence preconceitos e prova que maternidade não é impedimento, mas sim estímulo para alcançar sonhos
A maternidade pode ser uma benção para as mulheres, mas nem sempre é vista assim pela sociedade. O fato de ser mãe, ainda mais com filhos pequenos, é encarado com preconceito pelo mercado de trabalho. No serviço público não é diferente. Além de existir concursos que não aceitam mulheres ou que restringem sua participação, existem editais que não aceitam candidatos com filhos. A luta diária para se provar capaz de trabalhar e ser mãe é uma realidade de muitas. Às vésperas do Dia das Mães, o Papo de Concurseiro dá voz a uma dessas mulheres, Maria Fernanda Balsalobre, que sonhava em ser promotora, mas foi desacreditada por muitos quando engravidou do primeiro filho. O que eles não contavam é que sua determinação e força viriam de onde eles menos esperavam. Confira abaixo o depoimento dela: 

Decidi, logo depois de me formar no curso de direito, que seria promotora de Justiça. Sempre gostei de direito constitucional e me fascinava aquela instituição cuja atribuição era ser a grande guardiã da Constituição Federal e dos direitos e garantias fundamentais. Entendi que era exatamente aquilo que queria fazer por toda a vida. Orgulhosa do meu sonho e cheia de coragem para concretizá-lo, comecei a estudar para concursos públicos da área, e logo percebi que o caminho não seria tão fácil quanto eu pensava.
Fui uma aluna mediana na faculdade, então a ideia de ter que saber tudo de todas as matérias me assustava bastante, já que em relação a muitas matérias a minha sensação era a de que eu não sabia absolutamente nada. Sequer sabia por onde começar os estudos e o planejamento.
Entendi rapidamente que o que eu tentava fazer outras pessoas já haviam feito e de forma fantástica. Passei então a conversar com diversos primeiros colocados dos mais variados concursos, para entender como fizeram, e pedia orientações e dicas. Sabendo exatamente como eles haviam se preparado, eu pouparia muitos erros na minha preparação.
Passei pouco mais de seis meses estudando, com o apoio financeiro de minha família. Depois desse período, comecei a trabalhar em uma assessoria jurídica, e tive, pela primeira vez, que conciliar estudos, trabalho e pós graduação.
Partindo da minha própria pesquisa sobre métodos de estudo e concursos, aliada à reflexão sobre meus erros e acertos (e dos amigos próximos) e orientações de aprovados bem classificados, cheguei a um método de estudo que me permitiu ótimos resultados em pouco tempo. Após pouco tempo trabalhando na assessoria jurídica, fui aprovada, entre os 10 primeiros colocados, no concurso para analista do Ministério Público do Estado de São Paulo. Assumi o cargo e continuava trabalhando e estudando, sempre com o meu grande sonho à vista.

Foi então que, aos 26 anos, em meio à preparação para o concurso de ingresso ao Ministério Público, engravidei do Fefê. Para minha grande surpresa, notei que muitas pessoas passaram a me olhar com ar de pena e cheguei a escutar, inclusive de familiares, que jamais seria aprovada agora que teria um filho. Ouvi que “deveria me contentar com o cargo de analista, que já era muito bom para quem tinha um filho”. Infelizmente, acreditei que seria impossível. Parei de estudar durante a gravidez, vendo cada vez mais aquele sonho, que já estava tão perto, se distanciar.
Contudo, quando Felipe nasceu e me olhou com aqueles olhinhos tão doces, eu logo entendi que eu e minha pequena dupla poderíamos chegar exatamente aonde quiséssemos. Tinha como analista um horário de trabalho que me permitia ficar com o filhote a manhã inteira. E, à noite, quando voltava do trabalho e ele dormia, eu estudava. Foi assim por muitos meses, todos os dias. Ele dormia. Eu estudava.
Fefê nasceu em outubro de 2011. Em 2012 prestei o concurso para o ingresso no Ministério Público. Durante as diversas fases ouvi, tantas vezes, que jamais conseguiria, já que “a carreira não via com bons olhos a mulher que já tinha filhos”. Decidi que usaria todo esse desestímulo dos outros para me motivar, e assim foi. À véspera da prova oral, um professor me disse (sem que eu perguntasse) que minha aprovação seria quase impossível, pois “mulher que tem filhos não se dedica à carreira”. Mas, como a vida também é feita de boas surpresas, encontrei uma Banca Examinadora composta por profissionais da mais alta cultura, inteligência, decência e sensibilidade.
Maria Fernanda, no dia da posse no cargo de promotora, com o filho Felipe, no colo (Foto: Arquivo pessoal)
Fui aprovada em segundo lugar no concurso de ingresso ao Ministério Público. Durante a minha posse, minha pequena dupla, que havia aprendido a andar havia pouco tempo, saiu do colo do meu pai e foi até o local em que eu estava, na primeira fila do salão, e permaneceu no meu colo durante toda a cerimônia. Nada mais justo.
Posso dizer que a receita para a aprovação é só uma: estratégia, motivação e método de estudo. Além disso, é preciso aprender a se interessar pelo que está estudando. E ter calma, entendendo que é apenas um caminho, que a aprovação virá, e todo o esforço terá valido a pena.
Hoje vejo que a maternidade, ao contrário do que ouvi tantas vezes durante a minha preparação, muito me ajudou. Fez com que eu amadurecesse profundamente e me tornou mais focada, segura e confiante. Se eu consigo criar um ser humano, o que eu não consigo fazer? Também no exercício da minha profissão, sinto que a maternidade me traz uma atuação madura, responsável, sensível e humana.
Aprendi, com alegria, que as carreiras públicas hoje são absolutamente plurais, e já deixaram para trás os preconceitos em razão das condições pessoais dos concursandos. Pode ser mãe, pode ter tatuagem, pode ser surfista, pode ser sedentário, pode ser pai, pode ser solteiro, pode ser extrovertida, pode ser tímido etc.
Aprendi, também, que todos enfrentamos grandes dificuldades, mas que a coisa mais linda da vida é ter coragem de lutar por um sonho. Se há espaço para sonhar, é possível realizar.
Após a aprovação, passei a ajudar amigas e amigos na preparação para as provas, ensinando o meu método inteligente de estudo, assim como me ensinaram quando precisei. Hoje, além me dedicar muito à carreira, cuidar dos filhos, da família e fazer esporte, passei a ajudar também os amigos virtuais, dando dicas e orientações para o estudo. Espero, de coração, que todos alcancem o grande sonho. Só não vale desistir.
Maria Fernanda Balsalobre Pinto
Promotora de Justiça – MPSP
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Amor de Pai





 Amor de Pai

 

"Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida" (Lucas 15:4-6).

O velho pai dirigiu-se ao oficial no lugar onde se travara uma sangrenta batalha. Chamava-se João Hartman. Ele tinha um filho e o moço não voltara da batalha. O oficial disse ao velho que, possivelmente, seu filho havia morrido. O pai não se satisfez. não concordava com a explicação do oficial. Começou a procurar o filho querido. Anoitecia, e ele continuava procurando. Não enxergava mais senão os vultos, mas persistia na procura. Chamava-o pelo nome, que também era o seu próprio: "João Hartman... João Hartman..., teu pai te procura..." Continuou gritando, e perdeu a noção do tempo. "João Hartman, meu filho... teu pai te procura..." Ouviu uma voz fraca responder ao apelo. "Aqui estou, pai". "Graças a Deus", disse o velho. Juntando sua reserva de forças, carregou aquele filho querido nos braços, levando-o para ser socorrido.

Muitas vezes nos sentimos abatidos, desalentados, sem esperança e fé. Parece que nossa esperança morreu. Parece que nossa fé também está morta. Parece que nossa vida não tem mais importância alguma.

Estamos muito enganados! O nosso Pai continua procurando por nós. Ele não desiste jamais de salvar-nos. De dia e de noite Ele deseja encontrar-nos, carregar-nos nos braços, mostrar que nem tudo está perdido. Os outros podem não se interessar por nós; podem nem querer saber onde estamos ou o que estamos fazendo, mas o Pai... Ele sempre quer! Sua fé não está morta, nem sua esperança, nem seus sonhos, nem sua alegria. Quando você disser ao Pai, "estou aqui... salva-me", Ele se alegrará e lhe dará Seu carinho e Seus cuidados.

O Seu Pai está chamando, atenda ao chamado agora mesmo.

Paulo Barbosa
Um cego na Internet

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Quando Deus está ausente, Ele está presente




Foto: Lu Franck


Charles R. Swindoll

‘Mesmo que você pensa que perdeu tudo, Deus usa isso como uma oportunidade para despertá-lo para a compreensão de que ele ainda se encontra no controle, assim como para fazê-lo ajoelhar-se.
Tudo isto me lembra da história de um homem que naufragou numa ilha desabitada. Ele construiu laboriosamente uma pequena cabana para proteger-se do mau tempo e guardar os poucos objetos que salvara do naufrágio. Durante semanas, o homem viveu ali sozinho, tendo apenas como companhia o sol quente, as noites frias e as tempestades tropicais. Em oração, ficava olhando atentamente o horizonte para ver se divisava algum navio; mas, nada.
Certa noite, quando voltava de buscar alimento, ficou aterrorizado ao encontrar a pequena cabana em chamas. Ficou ali em pé, incapaz de apagar o fogo, sentindo-se esmagado pelo desastre. Seus poucos pertences tinham virado fumaça. Dormiu naquela noite perto das cinzas, ouvindo as ondas bater na areia e o desespero apertando seu coração.
Na manhã seguinte, bem cedo, ele acordou e viu um navio ancorado junto à ilha – o primeiro que avistara durante todas aquelas semanas em que sondara o horizonte na esperança de ser resgado. Ainda sem acreditar em seus sonhos, ele ouviu passos e depois a voz do capitão: “Vimos o seu sinal de fumaça e viemos buscá-lo”.

PROVÉRBIOS 21

Foto: Lu Franck
1Para o Senhor Deus, controlar a mente de um rei é tão fácil como dirigir a correnteza de um rio.
2Se você pensa que tudo o que faz é certo, lembre que o Senhor julga as suas intenções.
3Faça o que é direito e justo, pois isso agrada mais a Deus do que lhe oferecer sacrifícios.
4Os maus são dominados pelo orgulho e pela vaidade, e isso é pecado.
5Quem planeja com cuidado tem fartura, mas o apressado acaba passando necessidade.
6A riqueza que é ganha desonestamente acaba logo e é uma armadilha mortal.
7Os maus são destruídos pela sua própria violência porque se negam a fazer o que é direito.
8O culpado segue caminhos errados, mas o inocente faz o que é direito.
9É melhor morar no fundo do quintal do que dentro de casa com uma mulher briguenta.
10Os maus têm fome do mal; eles não têm pena de ninguém.
11Quando o zombador é castigado, as pessoas sem experiência aprendem uma lição. Quando se ensina o sábio, o seu conhecimento é aumentado.
12Deus, que é justo, observa os maus e os faz cair na desgraça.
13Quem recusar ouvir o grito do pobre também gritará e não será ouvido.
14Dê um presente em segredo a quem estiver zangado com você, e a raiva dele acabará.
15Quando se faz justiça, os bons ficam felizes, porém os maus ficam apavorados.
16Quem se afasta do bom senso está caminhando para a morte.
17Quem ama os prazeres passará necessidade; quem ama o vinho e a boa comida nunca ficará rico.
18As pessoas honestas ficam livres da angústia, e os maus sofrem em lugar dos bons.
19É melhor morar no deserto do que com uma mulher que vive resmungando e se queixando.
20O homem sensato tem o suficiente para viver na riqueza e na fartura, mas o insensato não, porque gasta tudo o que ganha.
21Quem é bondoso e direito terá uma vida longa e será tratado com respeito e justiça.
22Uma pessoa inteligente pode conquistar uma cidade defendida por homens fortes e destruir as muralhas em que eles confiavam.
23Se você não quer se meter em dificuldades, tome cuidado com o que diz.
24Chamamos de zombador o homem vaidoso que trata os outros com orgulho e desprezo.
25O preguiçoso morre desejando muitas coisas porque se nega a trabalhar; 26ele passa o dia inteiro pensando no que gostaria de ter. Mas a pessoa de caráter tem o que dar e dá com prazer.
27Deus detesta os sacrifícios que os maus lhe oferecem, especialmente quando oferecem com más intenções.
28A testemunha falsa será condenada à morte, mas a palavra da pessoa que costuma ouvir bem as coisas será aceita.
29O homem direito tem confiança em si mesmo, porém o mau só finge que tem.
30A sabedoria, a inteligência e o entendimento das pessoas não são nada na presença do Senhor.
31Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória é Deus, o Senhor.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

O papel do pai é essencial na criação dos filhos







"Segundo James Dobson, “os cientistas comportamentais só recentemente começaram a entender como os pais são importantes para o desenvolvimento sadio dos meninos e das meninas. Segundo o psiquiatra Kyle Pruett, autor do livro Fatherneed, os pais são tão importantes para os filhos quanto as mães, mais de maneira muito diversa."

PROVÉRBIOS 20

 
 
 
 
 
 
 Foto: Lu Franck
 
1Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio.
2A raiva do rei é como o rugido de um leão; quem provoca o rei arrisca a vida.
3Qualquer tolo pode começar uma briga; quem fica fora dela é que merece elogios.
4O lavrador preguiçoso, que não ara as suas terras no tempo certo, não terá nada para colher.
5Os pensamentos de uma pessoa são como água em poço fundo, mas quem é inteligente sabe como tirá-los para fora.
6Todos dizem que são bons e fiéis, mas tente achar alguém que realmente seja!
7Como são felizes os filhos de um pai honesto e direito!
8Quando o rei senta para julgar, ele logo vê o que está errado.
9Será que alguém pode dizer que tem a consciência limpa e que já se livrou dos seus pecados?
10O Senhor Deus detesta quem usa medidas e pesos desonestos.
11A criança mostra o que é pelo que faz; pelos seus atos a gente pode saber se ela é honesta e boa.
12O Senhor nos deu olhos para ver e ouvidos para ouvir.
13Se você gastar o seu tempo dormindo, acabará pobre; trabalhe e terá comida com fartura.
14Está muito caro — diz o comprador, mas depois sai e se gaba de ter feito um ótimo negócio.
15Há muito ouro e muitas pedras preciosas; mas falar com conhecimento, isso, sim, é uma joia de valor.
16Quem aceita ser fiador de um estranho deve dar a sua roupa como garantia de pagamento.
17A comida que se consegue desonestamente pode ser muito gostosa, mas depois será como areia na boca.
18Procure bons conselhos e você terá sucesso; não entre na batalha sem antes fazer planos.
19O mexeriqueiro espalha os segredos; por isso fique longe de quem fala demais.
20Se você amaldiçoar os seus pais, a sua vida terminará como uma lâmpada que se apaga na escuridão.
21A riqueza que é ganha facilmente não faz bem à gente.
22Não seja vingativo; confie em Deus, o Senhor, e ele fará justiça a você.
23O Senhor detesta quem usa medidas e pesos desonestos.
24Se é o Senhor quem dirige os nossos passos, como poderemos entender a nossa vida?
25Pense bem antes de prometer alguma coisa a Deus, pois você poderá se arrepender depois.
26O rei sábio descobre quem está fazendo o mal e o castiga sem piedade.
27O Senhor deu aos seres humanos inteligência e consciência; ninguém pode se esconder de si mesmo.
28Um governo continuará no poder enquanto for humano, justo e honesto.
29A beleza dos jovens está na sua força, e o enfeite dos velhos são os seus cabelos brancos.
30Os castigos curam a maldade da gente e melhoram o nosso caráter.