Gostaria de compartilhar este texto que fala sobre a questão do aborto no Brasil.
"Meu
nome é Renata Gusson Martins, tenho 30 anos, sou de São Paulo, e sou eu
a mulher que se pronunciou no vídeo repercutido pelas redes sociais, no
qual falo sobre a defesa da vida. Pra mim está sendo uma surpresa tudo
isso, o alcance das minhas palavras durante reunião transmitida pela TV
Senado no dia 08 março, Dia Internacional da Mulher, direto da
Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher (CDHSPDM).
Eu
sou uma cidadã brasileira comum, casada, mãe, profissional… Apenas mais
uma entre milhões de mulheres que fazem o Brasil. Para mim, toda essa
divulgação que a mensagem em defesa da vida ganhou nesses dias é a
confirmação evidente de algo muito interessante: acredito que, na
verdade, servi de porta-voz para um batalhão de mulheres (e homens
também) que, se estivessem naquele mesmo lugar e momento, teriam dito
coisas semelhantes às que eu disse.
No
fundo é o que toda gente de bem faria! É o que noto com os “aplausos” e
tantos comentários favoráveis. Tive a nítida impressão que minhas
palavras somente puderam encontrar eco nos corações e nas mentes porque
esses mesmos corações e mentes carregam em si o respeito pela vida e o
rechaço veemente ao aborto.
Eu quero contar como tudo isso aconteceu.
Na
semana passada eu estive em Brasília com o intuito de participar da
reunião da subcomissão na data em que civilmente comemoramos o Dia
Internacional da Mulher. Quis estar lá para expressar àquelas que
deveriam nos representar, no Congresso Nacional, que qualquer política
pública que nos pretenda dizer que “só seremos felizes e livres” no dia
em que tivermos acesso total ao aborto, é frontalmente contrária ao
genuíno bem-estar da mulher brasileira.
Acredito
que o dia em que se disser a uma mulher “negra e pobre” que o melhor
que a saúde pública pode lhe oferecer é a possibilidade de matar seu
filho indefeso da mesma forma que “brancas e ricas” fazem em clínicas
particulares sem ter que arcar com o ônus criminal e ser tratada de
forma “humanizada”, será o dia mais cruel e perverso para ela, pois será
ela a que mais será convencida a abortar seus filhos “negros e pobres”
indesejados pelo Establishment.
E
essa não é uma compreensão nova para mim. Sempre fui contrária à
prática do aborto! Mas, em 2010, especialmente durante o período
eleitoral, eu comecei a interessar-me mais pela questão e fui conhecendo
melhor – naqueles conturbados e inesquecíveis dias dos meses de
setembro e outubro de 2010 – a verdadeira dimensão do que significa a
“estratégia abortista”.
Lembro-me que estudei diversos documentos disponibilizados na própria internet, e que explicam o papel fundamental das Fundações Ford e MacArthur, entre outras, na promoção do aborto no Brasil e nos demais países da América Latina.
Li, com muito interesse e surpresa, como o caso da menina de Alagoinha (PE)
– estuprada e grávida com apenas nove anos de idade – foi usado
propositalmente por ONGs feministas pró-aborto – com o respaldo de uma
parcela bastante significativa da mídia brasileira – para “comover” a
opinião pública e ajudar no debate favorável à descriminalização do
aborto.
Durante
a leitura dos documentos procurei averiguar os diversos links que eles
ofereciam e, para meu espanto, tudo ia se confirmando e cheguei à
conclusão de que toda essa “conversa” de saúde e direitos sexuais e
reprodutivos não se trata de outra senão a legalização total e completa
do aborto em todo o mundo que, num futuro não tão distante, viria a ser declarado como um direito humano pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A
legalização do aborto não se trata de um “progresso dos tempos”, como
nos querem fazer acreditar. Não é algo como dizer que antigamente as
mulheres não votavam, não trabalhavam fora de casa e hoje o fazem, logo,
hoje devem ter direito ao aborto como apenas mais uma aquisição de
direito
Não, não e não!
O
que se verifica é que esse movimento aparentemente natural está sendo
propositalmente financiado e conduzido. E nós não podemos deixar de
notar que é extremamente genial.
Estão
usando as próprias mulheres para lutarem pelos “direitos” da mulher.
Ora, que pessoa em sã consciência deixaria de achar justo que uma mulher
queira angariar direitos para si e suas demais concidadãs?
É
por isso que encontramos juristas e tantos outros homens que acreditam
que o aborto deva ser legalizado porque é uma “luta da mulher”.
Realmente fica parecendo que é a mulher quem, espontaneamente, se deu
conta que deve ter acesso ao aborto legal. Entretanto, ela está sendo
apenas manipulada para agir assim.
Foi
isso que eu quis frisar na reunião da Subcomissão de Defesa da Mulher.
Infelizmente o tempo foi muito curto e não havia a mais remota
possibilidade de abordar esse problema de modo mais profundo.
Faltou
tempo para falar que corremos um risco iminente de vermos solapados os
valores verdadeiramente democráticos de nossa nação, uma vez que –
pasmem! – 16 juristas decidiram, contrariando mais de 80% da população
do Brasil, que o aborto deva deixar de ser crime em diversas situações.
Estou
falando sobre a aprovação do anteprojeto de reforma do Código Penal
feito pela comissão de juristas indicados pelo Senado. Eu realmente me
pergunto como é possível que o destino de milhões de brasileiros
inocentes possa estar na mão de 16 (dezesseis!) pessoas que, com a maior
ligeireza e aparente surdez à grande manifestação pró-vida presente à
audiência, votaram “a toque de caixa” pela descriminalização do aborto.
Diante
de tudo o que disse, eu gostaria de dirigir um “apelo a todos os
brasileiros e brasileiras” para que, primeiramente, estudem e se
aprofundem no assunto. Sem conhecimento não é possível defender a vida
nos dias atuais.
Importa
não desanimar e saber que contra a ideologia temos que usar
copiosamente da palavra. A palavra é como a roupa do pensamento! A mim,
me parece que o futuro e o destino da defesa da vida passam pela maior
difusão e conhecimento possíveis das inúmeras peças do enorme
quebra-cabeças da “cultura da morte”.
Gostaria
de concluir essa breve apresentação que tantos pediram fazendo um
convite. Convido você que é comprometido com a defesa da vida humana, e
mesmo você que talvez tenha se deparado somente agora com essas
informações e que pode estar impressionado com tudo o que disse agora, a
acessar os links desta mensagem e imprimir os documentos.
Comece
a empreender um estudo sério e comprometido dos mesmos. Da sua atuação
pode depender a vida de muitos brasileiros e outros latino-americanos.
Parece demagogia, mas esteja certo de que não é. Forme grupos de estudo,
faça reuniões para aprofundar o tema. Há bastante material sério para
ajudá-lo nessa tarefa.
E
se puder pedir algo mais, eu pediria a você que acompanhasse o trâmite
da defesa da vida especialmente no Senado, com a reforma do Código
Penal. Talvez seja necessário que muitos de nós nos dirijamos a Brasília
em dias-chave para impedir o genocídio.
Se
isso vier a acontecer, peço insistentemente que você não pense que “uma
andorinha não faz verão”. Talvez seja você aquela andorinha que, junto
com outras, possa fazer o mais lindo dos verões: o verão da vida
assegurada em seu início como um direito de todos os brasileiros.
Muito
obrigada pelo carinho de todos, pela atenção e pela divulgação do
vídeo. Façamos a nossa parte para que mais pessoas tenham acesso à
verdade sobre o aborto."
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