sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Uma história sobre o amor verdadeiro - Dezenove anos em coma




Dezenove anos em coma
A história a seguir foi retirada do livro “ Casamento Blindado” Renato & Cristiane Cardoso” ,  p 255- 256.
Desde que eu soube deste caso, nunca esqueci. Para mim, é um dos melhores exemplos do que é o amor verdadeiro, o amor-sacrifício. Jan Grzeski era um ferroviário polonês. Em 1988 ele sofreu um forte golpe na cabeça enquanto tentava engatar dois vagões de trem e entrou em coma. Jan foi desenganado pelos médicos, que também encontrou um câncer no seu cérebro. Segundo eles a recuperação era impossível, e ele não sobreviveria. Gertruda Grzeska, esposa de Jan, ignorou aquela palavra derrotista e decidiu leva-lo pata casa e cuidar dele sozinha.
Jan não falava, não andava, não se comunicava de maneira alguma, nem interagia. Todo relacionamento que tiveram não existia mais, o marido forte com quem convivia há tantos  anos  era agora um bebê totalmente dependente de seus cuidados. Ela terminou de criar sozinha os filhos, enquanto se esforçava para manter vivo o marido, que era capaz apenas  dos movimentos mais básicos, como respirar, engolir, abrir e fechar os olhos. Ainda assim ela se revoltava quando alguém sugeria eutanásia (com as desculpa de “interromper o sofrimento”), pois acreditava que o certo era dar a ele a chance de se recuperar. Todos os dias, Gertruda falava com o esposo como se ele pudesse ouvir, cuidava para que ele não ficasse muito tempo na mesma posição na cama, virando o seu corpo para evitar as temidas úlceras de pressão, comuns em pessoas acamadas, que pode levar a morte por infecção. Os filhos foram crescendo, se casaram, e lhes deram netos. Gertruda levava o marido para todas as principais  festas da família, como se ele pudesse participar delas.
A incansável Gertruda teve sua recompensa em 2017. Após dezenove anos em coma, Jan finalmente despertou, aos 65 anos. Os médicos creditaram a recuperação dele à esposa, que optou pelo caminho mais árduo. Jan estava ainda mais ligado a ela, pois se lembrava de que Gertruda esteve ao seu lado quando ele mais precisava. Ela fez o que era certo e melhor para ele, abrindo mão de sua própria vida para cuidar do marido, sem cobrar nada dele por isso. Acreditou, quando nem mesmo os médicos acreditaram, esperou e perseverou  .... e foi recompensada.
                (...) Gertruda recebu uma merecida medalha de honra ao mérito do presidente polonês, por sua dedicação e sacrifício, tamanha raridade desse tipo de amor nos dias atuais.
O que você teria feito no lugar dela?  Com Carinho Luciana Franck

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