segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

MORAVIANOS… Quem são???

MORAVIANOS… Quem são???



A Igreja tem uma história. Sua história é marcada por tribulações e missões, perseverança e missões, experiências e missões, esperanças e missões, paixão e missões, sangue e missões, perseguições e muitas missões, moveres e missões.
A essência missionária da Igreja é indestrutivel, porque se tirarmos ou inibirmos ou pervertermos a natureza missionária da Igreja, não seremos mais Igreja, mas apenas parecido com Ela.
Seria como tirar o genes reprodutor da videira e ela não poder mais produzir uvas. Pareceria com uma videira, teria cara de videira, formato de videira, textura de videira, barulho de videira, nome de videira, música de videira, CDs de videira, site de videira, apelos de videira, endereço de videira, programa de videira, mas não seria videira.
Os Moravianos são um bom exemplo para nós, de reprodutores da Videira Verdadeira.
OS MORAVIANOS E AS MISSÕES.
OS MORAVIANOS E AS MISSÕES
Autor: Kenneth B. Mulholland
Wiliam Carey é considerado o pai das missões Protestantes, primariamente pelo fato de ter ele fundado a Sociedade Missionária Batista. Tal sociedade teve seu início em 1792, 275 anos após Martinho Lutero ter afixado as Noventa e Cinco Teses à entrada da Igreja de Wittemberg em 1517. Essa sociedade foi um veículo Protestante para o envio de missionários ao mundo não-cristão. Carey, contudo, não inventou o movimento missionário Protestante. Ele construiu a plataforma da qual o movimento missionário Protestante tinha lançado, de uma série de pranchas cortadas durante séculos, entre Lutero e ele. Uma dessas pranchas foi o Pietismo, um movimento evangélico interdenominacional e internacional, que procurava revitalizar a igreja existente, através de pequenos grupos dedicados ao estudo da Bíblia, oração, responsabilidade mútua e missões. August Hermann Francke definiu a agenda do Pietismo em apenas doze palavras: “uma vida mudada, uma igreja reavivada, uma nação reformada, um mundo evangelizado”. O Pietismo primeiramente despertou uma visão missionária entre os protestantes, enviando missionários para a Índia e Groelândia. Duas outras pranchas significativas na plataforma de Carey foram a Igreja Moraviana e os Puritanos. Os Moravianos foram os primeiros Protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelização dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns indivíduos. Anteriormente, a responsabilidade pela evangelização havia sido lançada nos degraus dos governos, através das atividades colonizadoras deles. Os Moravianos, contudo, criam que as missões são responsabilidade de toda a igreja local. Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Moravianos se envolveram com o mundo de missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”. Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários Protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII. De fato a história dos Moravianos antecede à Reforma. Conhecidos originalmente como os Unitas Fratrum, ou a Unidade dos Irmãos, esses cristãos Checos foram os seguidores do mártir John Huss, um Reformador antes da Reforma. Ele foi martirizado em 6 de julho de 1415, e os Moravianos honram sua morte no calendário deles ainda hoje. Após a morte de Huss, seus seguidores, que foram muitas vezes conhecidos como Hussitas, ou como os Irmãos Boêmicos, experimentaram um verdadeiro ressurgimento. Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Morávia (Repúblia Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos. Quinze de seus líderes foram decapitados. Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e para as minas para trabalhos forçados. As escolas deles foram fechadas. Bíblias, hinários, catecismos e escritos históricos foram totalmente queimados. Foram todos espalhados. De fato, 16 mil famílias, repentinamente, se tornaram refugiadas. Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição. Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos “clandestinos” através de pequenas células.
Anos mais tarde, em 1722, um pequeno grupo desses refugiados estava à procura de algum lugar onde pudesse se sentir seguro. Quando cruzaram a divisa da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como Herrnhut, uma pequena faixa de terra na propriedade de Nicholas Ludwig von Zinzendorf. Pediram se podiam ficar ali. Zinzendorf não estava no momento, mas o administrador lhes permitiu acampar-se no sítio. Zinzendorf, um aristocrata, tivera ligações anteriores com o movimento Pietista. Seu padrinho fora Philip Spener. Quando tinha dez anos foi enviado para estudar em Halle, onde seu professor fora August Hermann Francke. No período que lá estivera, seu mentor foi Bartholomew Ziegenbalg , o primeiro missionário Protestante para a Ásia, que estava de férias (tipo de ano sabático). Zinzendorf descreveu sua vida em Halle da seguinte maneira: “Encontros diários na casa do professor Francke; relatórios edificantes concernentes ao reino de Cristo; conversa com testemunhas da verdade em regiões longínquas; contato com diversos pregadores; luta dos primeiros exilados e prisioneiros. A satisfação daquele homem de Deus e a obra do Senhor juntamente com várias provações que o envolveram, fizeram crescer meu zelo pela causa do Senhor de uma maneira poderosa”. Enquanto Zinzendorf esteve em Halle, foi um instrumento na formação da primeira sociedade missionária de estudantes Protestantes chamada de a “Ordem do Grão de Mostarda”. depois disso foi para Wittemberg para estudar Direito devido seus pais não aceitarem a idéia de ele se tornar um pregador. Quando concluiu o curso de Direito, fez uma grande viagem turística pela Europa, o que era comum para os membros da aristocracia daqueles dias. Como parte dessa viagem, foi a um museu de arte em Dusseldorf, Alemanha, e lá viu um quadro do “Cristo de Coroa de Espinho”, com a seguinte inscrição: “Eu fiz isto por ti; o que fazes tu por mim?”. Isso lhe causou uma profunda impressão e o levou a escrever em seu diário: “Tenho amado-o por longo tempo, mas realmente nada tenho feito por ele. De agora em diante farei tudo que me seja dado fazer”. Voltou para Herrnhut para onde os refugiados Moravianos formaram uma comunidade com cerca de trezentos membros. Zinzendorf assumiu a responsabilidade, não apenas supervisionando como dono da terra onde viviam, mas sim para lhes servir de pastor. Em 1727 um derramar do Espírito de Deus uniu a comunidade. Cinco anos mais tarde, em 1732, Zinzendorf foi convidado a assistir a coroação do rei Dinamarquês (ele estava ligado à família real na Dinamarca). Enquanto lá, descobriu o produto das missões Dinamarca-Halle: alguns convertidos Esquimós da Groelândia e uma pessoa convertida do Oeste da Índia, um primeiro escravo cujo nome era Anthony. Tais pessoas fizeram um apelo a Zinzendorf: “Você não pode fazer alguma coisa para nos enviar como missionários?”. Seu coração ficou muito quebrantado. Voltou para a comunidade e lançou diante dela o desafio para o envio de reforços missionários para a Groelândia, Índia e outras partes do mundo onde pessoas não conheciam a Cristo. Vinte e seis pessoas imediatamente se ofereceram como voluntárias, e, assim, o Movimento Missionário Moraviano foi lançado. Nos vinte e oito anos seguintes mais do que duzentos missionários Moravianos entraram em mais de doze países para implantação de trabalho missionário em torno do mundo. O trabalho dos Moravianos foi guiado por um número de características que os distinguiram. Primeiro, eram profundamente dedicados ao Senhor Jesus Cristo. Eram extremamente cristocêntricos. Numa certa ocasião, quando eu ministrava na Nicarágua, os cristãos Moravianos me deram uma placa de madeira com o selo de
sua igreja. Traz um Cordeiro triunfante do livro de Apocalipse. Diz assim: “Nosso Cordeiro venceu; vamos segui-lo”. Os Moravianos pregavam Cristo. Zinzendorf aconselhava os missionários que saíam: “Vocês devem ir, direto, ao ponto e falar-lhes a respeito da vida e da morte de Cristo”. Os missionários primitivos tinham o costume de elaborar provas da existência de Deus, como se estivessem dando palestras teológicas. Zinzendorf apelou aos missionários para que simplesmente lhes contassem a história de Jesus. Há inúmeros relatos de como aquela história despertou corações dormentes que foram trazidos ao Salvador; segundo, os Moravianos, diferentemente dos pietistas primitivos, não eram altamente educados nem teologicamente treinados. Eram comerciantes. De fato, os dois primeiros missionários que foram enviados eram coveiros por profissão! As próximas duas pessoas que enviaram, um era carpinteiro e o outro, oleiro. Os Moravianos abriram o ministério ao leigo e a ministração às mulheres, antecipando J. Hudson Taylor nessa questão mais de cem anos antes; terceiro, criaram a estratégia missionária de fazedores de tendas (o missionário trabalhar e se auto-sustentar no país). Muitas pessoas pensam que o sistema de fazedores de tendas é coisa recente. Mas o movimento missionário Moraviano se baseava nisso. Além do mais, como pode uma vila de seiscentas pessoas sustentar duzentos missionários? Resposta: Eles trabalhavam para a sobrevivência. Zinzendorf dizia que trabalhar em fazenda e indústria prende muito as pessoas, mas o comércio lhes daria mais flexibilidade. Ele sentia que a prática de trabalho e o ensino que podiam dar nessa área não apenas levantaria o nível econômico do povo para onde eram os missionários enviados, mas também proveria meios de se fazer contato com aquela gente. O livro ‘Lucro para o Senhor’ relata como os Moravianos usaram o fazer tendas como estratégia para o trabalho missionário em meados de 1700; quarto, os Moravianos foram as pessoas que viviam na periferia da sociedade. Devido aos Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos. Isso era característico da vocação missionária deles; quinto, eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato de os Moravianos crerem ser o Espírito Santo o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias. Procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas ”; sexto, eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. Zinzendorf não pretendia exportar as divisões denominacionais da Europa. Ele se tornou um pioneiro ecumênico (entre cristãos), no melhor sentido do termo, 150 anos antes de qualquer um imaginar tal possibilidade; sétimo, a obra missionária Moraviana era regada de oração. Quando o avivamento espiritual ocorreu em 1727, começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. O livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração (tiveram uma vigília de oração que durou um tempo de 100 anos literalmente – nota do tradutor). Os Moravianos tinham trabalho missionário no Estado da Geórgia devido ao General Oglethorpe ter sido influenciado por Zinzendorf, que fazia parte de um grupo missionário de estudantes que começou em Halle. Quando João Wesley viajou para os Estados Unidos, seu navio enfrentou uma terrível tempestade. Wesley ficou super-abalado. Somente os Moravianos, que se mantinham num senso de paz com Deus, lhe encorajaram no pânico. Foram eles que lhe apresentaram a necessidade de um relacionamento pessoal com Cristo. Retornando para a Inglaterra, após um trabalho frustrado na Geórgia, disse: “fui para converter os índios, mas, quem, ó quem me converterá?” Ele foi para uma reunião num encontro de Aldersgate – um encontro dos Moravianos – durante o qual seu coração, segundo ele, foi “estranhamente aquecido” e assim encontrou segurança para a sua salvação. Foi
para Herrnhut a fim de examinar o trabalho Moraviano, e, como resultado, ele padronizou a obra do Metodismo no modelo Moraviano. Assumiu como moto as palavras de Zinzendorf: “o mundo é minha paróquia”. Os Moravianos também exerceram uma forte influência sobre William Carey, o qual teve grandes dificuldades em gerar sustento para a idéia de uma sociedade de missões. Aqui está um relato de como a fundação da sociedade missionária veio a acontecer. Numa noite, um pequeno grupo de 12 ministros e um leigo se reuniu com William Carey na espaçosa casa da viúva Wallace, conhecida por sua hospitalidade como a Hospedeira do Evangelho. Novamente, Carey fez pressão para a ação. Mas, novamente os irmãos oscilaram. Afinal, quem são esses homens? Ministros de Igrejas de pobres-feridos, para sustentar uma missão, tão assediadas de dificuldade, tão cheias de incertezas. No momento crucial, quando todas as esperanças pareciam se esvair, Carey tirou do bolso um livreto intitulado Periódico de Contos das Missões Moravianas. Com lágrimas nos olhos e com voz trêmula, afirmou: “se vocês apenas tivessem lido isto e soubessem como esses homens venceram todos os obstáculos por amor a Cristo, dariam um passo de fé”. Foi a gota d’água! Os homens concordaram em agir. As atas da reunião registram a decisão deles de formar “A Sociedade Batista Particular para Propagação do Evangelho entre os pagãos”, também conhecida como a Sociedade Batista Missionária. Sua força repousa na motivação provida pelo relato dos missionários Moravianos. Alguém, certa vez, perguntou a um Moraviano o que significa ser um Moraviano. Ele respondeu: “Ser um Moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa”. (Artigo: The Moravians and Missions, de Kenneth B. Mulholland – Professor de Missões e Estudos Ministeriais, do Departamento de Missões do Seminário de Colúmbia, Carolina do Sul. Fonte: Bibliotheca Sacra, abril de 1999 – Tradução do Rev. José João de Paula – secretário da APMT). Revista Alcance – 3.º trim. 2003
Data de impressão: 09/06/2010
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

O Brasil vive uma sede de Justiça .


Fernandinho - Sede de Justiça



Não posso ficar calado
Não posso ficar de mão atadas
Com tantos votos comprados
Cartas marcadas
Profetas calados

As portas do inferno não vão prevalecer contra a igreja
Bem-aventurado os que tem sede de justiça

Eu tenho sede de justiça
Sede de justiça
Sacia minha sede, Senhor

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Sugestão de livro: Como preservar a família em tempos de crise. Orlando Boyer Editora CPAD

 
Eis um trecho do livro: Como preservar a família em tempos de crise. Orlando Boyer  Editora CPAD.
 
1. Todos nós Dentro - O Supremo Alvo


“Voltei o meu rosto para o Senhor Deus”,
afim de implorar com oração e súplicas,
em jejum e saco e cinza.

Daniel 9.3
"Querido, está anoitecendo?" perguntou a velhinha d noventa e sete anos. Vendo o
marido que ela estava morrendo inclinou-se para responder: "Sim, Marta, está anoitecendo'
No seu delírio, ela pensava achar-se, como no passado, cor os seus queridos no culto
doméstico, por isso insistiu:” Os filhos estão todos em casa? "Sim, todos os filhos estão em
casa, Marta". O último fora chamado à casa celestial, havia três anos. Depois de algum
tempo, ela continuou: "Vou já casa, também". "Sim, Marta, tu vais agora". "E, tu, querido
também irás?" Sim, pela graça de Deus, irei!
Ela estendeu as mãos e, colocando-as ao redor do pescoço do marido, fez com que ele se
abaixasse ao seu lado, balbuciou: "E ele fechará todos nós dentro".
Podes tu dizer o mesmo da tua família: 'Todos nós dentro “Como é triste teres um filho
pródigo ou uma filha perdida!

Será que teremos de admitir, um dia, que alguns membros de nossa família foram

excluídos do lar eterno? Para que isto não ocorra, não podemos perder a mira deste alvo:”

Todos nós dentro “e ter inteira certeza de acertar”.

Certa revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: "Um dos grandes

prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes bombardeiros e aviões de

transporte cortam o espaço a centenas de quilômetros por hora, com a terra coberta pelas

nuvens, ou pela escuridão; seguem, porém, o seu curso com os movimentos

automaticamente controlados por giroscópios".

A agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido pelo

aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será atingido. É possível

que nós, pais, pastores, professores da Escola Dominical, jovens e anciãos, ainda não

tenhamos marcado quaisquer alvos. No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal

de contas, conduzindo algo muito mais precioso do que os aviões de carga; estamos

conduzindo toda a nossa família.

No início de sua humilde, mas brilhante carreira, disse Daniel que assentara firmemente

em seu coração não se contaminar com as iguarias de Babilônia. Mais adiante, acrescenta:

"Voltei o meu rosto para o Senhor Deus, a fim de implorar com oração e súplicas, em jejum

e saco e cinza". Daniel decidira qual o porto do seu destino, por isso pôde seguir a viagem

no mar tempestuoso e perseverar até o longínquo e desejado porto. Este também é o

segredo de todos os outros heróis da fé.

Se não te esforçares, não poderás desfrutar da aventura de ver todos os membros da tua

família entrarem contigo no céu. E indispensável que assentes este alvo em teu coração,

como o fez Daniel.

Nos capítulos seguintes, estão traçados os objetivos que devem tornar-se partes

integrantes de teu ser. E imperativo que, sem demora, assestes o "piloto automático"; e que

lutes para que este supremo alvo seja atingido, então poderás cantar:

“Na Jerusalém de Deus!”.

Oh! Que gozo e alegria,

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Quando o povo ali chegar

Em Jerusalém! Em Jerusalém!

2. Toda a tua Família é Salva?


“Pela fé Noé, divinamente avisado a respeito das coisas”.

que ainda não se viam, sendo temente a Deus, construiu

uma arca para o salvamento da sua casa.

Hebreus 11.7

Certa vez irrompeu pavoroso incêndio numa escola, deixando cerca de setenta crianças

presas pelas chamas.
/ multidão, que se ajuntara no lugar do sinistro, corria angustiada e

confusa; uns para cá, outros para lá. Não podendo alcançar seus filhos, por causa do intenso

calor, as mães clamavam por eles como loucas. Homens fortes, diante da quele quadro, só

podiam lamentar: "O, que posso fazer par salvar meu filhinho?"

Ouviram-se, então, apesar do alvoroço, os gritos de um menino que, vendo o pai,

perguntou: "Papai, não pode salvar-me?! Não vens acudir-me?!" Mais alto que o alarido

agonizante das outras crianças, persistiam os gritos: "Papa não podes salvar-me? Não vens

acudir-me?!" Apesar de esforços sobre-humanos, o pai nada pôde fazer pelo filhe Poucos

dias depois, aquele pobre homem também morreria, com os rogos do menino a ecoar-lhe

nos ouvidos: "Papai, não podes salvar-me?! Não vens acudir-me?!"

Por acaso, não ouvimos também os gritos de nossos filhos que se vêem ameaçados neste

mundo de horror? E o pior é que, não somente os seus corpos, mas principalmente as suas

almas, acham-se na iminência de se perderem ... por toda a eternidade!

Quantos pais e mães já persistiram em oração até ver todos os seus filhos salvos, baseando

suas súplicas nesta promessa infalível: "Se dois de vós sobre a terra concordarem em pedir

alguma coisa, ser-lhes-á feita por meu Pai que está nos céus"? Se somos verdadeiramente

crentes, podemos orar com confiança inabalável, firmando-nos nas muitas promessas que

encontramos através de toda a Bíblia.

A primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao

patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua

família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado

que nos quer destruir. Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o

indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora

desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se

tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiarse

em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime

que destrói o mundo atual.

Na vida de Abraão, Deus cumpre mais uma vez a sua vontade acerca da família. Disse o

Senhor ao patriarca: "Porque o tenho escolhido, a fim de que ordene a seus filhos e a sua

casa depois dele, que guardem o caminho de Jeová" (Gn 18.19). Aqui, o Senhor enfatiza por

que chamou a Abraão; chamou-o para que ele conhecesse sua responsabilidade para com

seus filhos e sua casa. E o número daqueles que estavam a serviço do patriarca elevou-se até

trezentas e dezoito almas (Gn 14.14). Quantos de nós poderiam ser escolhidos por haverem

ordenado a sua casa conforme recomenda-nos o Senhor?

Por não seguirem o exemplo de Abraão, alguns dominam seus filhos com tanta dureza e

tirania, que jamais conseguirão levá-los ao Deus de amor. Outros, como Eli (1 Sm 3.13),

são indiferentes à obrigação de governar sua casa, por isto estão na iminência de perderem

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os filhos. Vejamos como agia o neto de Abraão: "Então disse Jacó à sua família... purificaivos

e mudai os vossos vestidos, levantemo-nos e subamos a Betei (casa de Deus). Ali

faremos um altar ao Deus..." (Gn 35.2,3). Temos nisto um bom exemplo de culto doméstico

e consagração de toda a família a Deus.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Devocional - Spugeon 30 de novembro de 2016

Versículo do dia: Disse Amazias ao homem de Deus: Que sefará, pois, dos cem talentos de prata que dei às tropas de Israel? Respondeu-lhe o homem de Deus: Muito mais do que isso pode dar-te o SENHOR. (2 Crônicas 25.9)
Esta era uma questão muito importante para o rei de Judá; e talvez seja mais importante ainda para o crente que está sendo provado e tentado. Perder dinheiro não é agradável em tempo nenhum e quando um princípio é envolvido a carne nem sempre está pronta a fazer o sacrifício. “Por que perdermos aquilo que nos pode ser útil? O que faremos sem isso? Lembre-se dos filhos e de nosso pequeno salário.” Todos estes argumentos e milhares de outros tentarão o crente a abrir sua mão ao ganho injusto ou o impedirão de levar adiante as suas convicções cristãs, quando elas envolvem perdas grandes. Nem todas as pessoas podem ver essas questões à luz da fé; e mesmo entre os seguidores de Jesus a doutrina do “temos de viver” possui um valor muito suficiente. “Muito mais do que isso pode dar-te o SENHOR” é uma resposta bastante satisfatória para este assunto que nos causa ansiedade. Nosso Pai tem controle sobre o dinheiro. O que perdemos por sua causa, Ele nos pode dar mil vezes mais. É nosso dever obedecer sua vontade. Se fazemos a vontade de nosso Pai, podemos descansar seguros de que Ele nos dará o necessário. O Senhor não deverá ao homem. Os crentes sabem que um grão de tranqüilidade de espírito é mais valioso do que uma tonelada de ouro. Aquele que enrola um casaco surrado numa boa consciência ganhou riqueza espiritual muito mais desejável que qualquer outra que ele tenha perdido. O sorriso de Deus em uma prisão é o suficiente para um verdadeiro crente, mas a carranca dele em um palácio seria um inferno para tal pessoa. Deixe que tudo vá de mal a pior, que todos os talentos findem-se e ainda não teremos perdido nosso tesouro; ele está céu, onde Cristo se assenta à destra de Deus. Enquanto isso, agora mesmo, o Senhor faz com que os mansos herdem a terra (Mateus 5.5) e “nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Salmos 84.11).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Devocional Spugeon

Versículo do dia: O SENHOR ali nos será grandioso, fará as vezes de rios e correntes largas. (Isaías 33.21)

Rios e correntes largas produzem fertilidade e abundância na terra. As terras próximas dos grandes rios são notáveis pela variedade de plantas e suas colheitas abundantes. Deus é tudo isso para sua igreja. Tendo a Deus, a igreja possui abundância. Porventura, ela pode Lhe pedir alguma coisa que Ele não suprirá? “O SENHOR dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas” (Isaías 25.6). Você quer o pão da vida? Ele cai do céu como o maná. Você quer fontes refrescantes? A Rocha acompanha você e esta Rocha é Cristo. Se você experimentar qualquer perda, a culpa é sua. Se está a sofrer qualquer deficiência, não é deficiente nEle, mas em seu próprio coração. Rios e correntes largas também nos falam de comércio. Nosso glorioso Senhor é para nós um lugar de comercialização celestial. Por meio de nosso Senhor, temos comércio com o passado. As riquezas do Calvário, os tesouros da aliança, as riquezas dos séculos antigos da eleição, e os estoques da eternidade – tudo isso vem até nós pelo rio largo de nosso gracioso Senhor. Temos, igualmente, comércio com o futuro. Quantas bênçãos e recompensas vêm até nós oriundas do milênio! Que visões temos dos dias do céu na terra! Por meio de nosso glorioso Senhor, temos comércio com os anjos e comunhão com os luminosos espíritos lavados em seu sangue, que cantam diante do trono. Melhor ainda, temos comunhão com o Infinito. Rios e correntes largas transmitem especialmente a idéia de segurança. Os rios eram uma defesa no passado. Ó, querido irmão, que defesa é Deus para a sua igreja! O diabo não pode atravessar o rio largo de Deus. Como o diabo gostaria de mudar a correnteza. Mas não tenha medo, Deus permanece imutavelmente o mesmo. Satanás pode nos preocupar, mas não pode destruir-nos. Nenhum barco a remo invadirá nosso rio; nem por ele passarão imponentes navios.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Devocional Spurgeon

Versículo do dia: Jardim fechado…fonte selada. (Cântico dos Cânticos 4.12)
Nesta metáfora, que tem referência à vida interior do crente, a ideia de segredo é bastante clara. É uma fonte selada. No Oriente Médio, havia fontes sobre as quais se construíam um edifício, de modo que ninguém teria acesso àquelas fontes, exceto os que conheciam a entrada secreta. Assim é o coração de um crente, quando é regenerado pela graça de Deus. Existe uma vida misteriosa no íntimo do crente, um vida que nenhuma habilidade humana pode tocar. É um segredo que outro homem não conhece; não, a própria pessoa que o possui não pode contar ao seu vizinho sobre ele. Este texto inclui não somente a ideia de segredo, mas também a de separação. Essa não é uma fonte comum da qual todos os transeuntes podem beber. É uma fonte guardada e preservada. Ela traz uma marca particular (um selo real), de modo que todos percebam não se tratar de uma fonte comum, e sim pertencente a um proprietário e colocada especialmente separada. Assim é a vida espiritual. Os eleitos de Deus foram por Ele separados no decreto eterno, no dia da redenção, a fim de possuírem uma vida que as demais pessoas não possuem. É impossível para o redimido se sentir à vontade no mundo ou se deleitar nos seus prazeres. No texto existe também a ideia de consagração. O manancial recluso é preservado para o uso de alguma pessoa especial. O coração do crente é um manancial fechado para o uso do Senhor Jesus. Todo crente deve sentir que tem o selo de Deus. Deve ser capaz de afirmar, como Paulo: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17). Outra ideia proeminente é a de segurança. Oh, quão segura é a vida interior do crente! Se todos os poderes da terra e do inferno pudessem se unir contra ele, este princípio imortal ainda existiria, pois Aquele que o deu, empenhou sua vida pela preservação deste princípio. E quem lhe fará mal quando Deus é o seu protetor?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Frase e pensamentos!!!

“A batalha é quase sempre ganha na mente. É pela renovação de nossa mente que nosso caráter e comportamento se transformam.” (John Stott)

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Versiculo da semana!!!

" Até o tolo, quando se cala, será reputado por sábio; e o que cerrar os seus lábios, por sábio." Pv 17-28

quarta-feira, 9 de novembro de 2016


OS FILHOS DO QUARTO

Cassiana Tardivo

“Estou para escrever desde o dia que me pequei chorando por aquele garoto de 13 anos em São Vicente que por uma brincadeira, veio a falecer.

Não sejamos exageradas para dizer que só agora com advento da WWW temos perdido filhos. Eles faleciam também antes disso.

Mas antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mas hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los, mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes. Quando entravam em casa não existiam uma TV em cada quarto, nem disposto eletrônico em suas mãos. Quero deixar bem claro que não sou contra e nem capetizo  tudo isso. Mas queridos, precisamos ser sinceros: temos perdido o equilíbrio. Hoje não escutamos suas vozes., não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro dos seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.

Quanta imaturidade a nossa. Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que  saibamos o que é...

Alguns , como o garoto de São Vicente, perdem literalmente a vida, mas tantos outros aí, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de ídolos de youtube, de modismos passageiros, que nada contribuem para a formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois  não sabem nem mais quem são ou que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar....

 Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto, amar, marcar os amigos. Pode enxergar neles verdades e refletir. Tudo isso será excelente. Mas como Psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes, com filhos mortos dentro do quarto, então faço  você um convite e, por favor aceite!

Convido  você  atirar seu filho do quarto, do tablete, do fone de ouvido, convido a você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos  na sala, ao seu lado por mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além de sábado e domingo). E jogue, divirta-se com eles, E jogue, divirta-se com eles, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades  de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendam a viver em família, se sintam em família, se sintam pertencentes  no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém  ou terem  um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Dica: Decore o quarto do seu filho com as próprias obras de arte deles!!!!



A PARENTALIDADE EXCESSIVA E AS IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM de Alcione Marques

A PARENTALIDADE EXCESSIVA E AS IMPLICAÇÕES NA APRENDIZAGEM

Alcione Marques
Unifesp, São Paulo


Resumo

As mudanças na dimensão da infância no contexto familiar e no exercício da parentalidade nos últimos anos vêm chamando a atenção de profissionais ligados à Educação em virtude dos impactos na aprendizagem. A parentalidade excessiva (overparenting) tem se apresentado como uma tendência em algumas sociedades ocidentais, caracterizando-se pelo pouco estímulo dos pais para o desenvolvimento da autonomia da criança, grande interferência em âmbitos onde se espera que possa atuar por si, dificuldades em deixar que o filho lide com frustrações e as excessivas atividades extra-escolares para o desenvolvimento de capacidades e potenciais. Percebe-se que esta atuação dos pais tem trazido prejuízos ao processo de aprendizagem da criança, comprometendo a construção da autoria de pensamento e a constituição de um sujeito autônomo que possa atuar sobre o mundo.
Palavras-chave: Parentalidade excessiva; Infância; Autonomia; Aprendizagem.



OVERPARENTING AND THE IMPLICATIONS IN LEARNING

Abstract

Changes in the dimensions of childhood within the family and in the exercise of parenting in recent years have been calling the attention of professionals involved in education because of the impact they are causing on learning. Excessive parenting (overparenting) has been presented as a trend in some Western societies, characterized by little encouragement from parents to the development of the child's autonomy, by huge interference where it is expected to be able to work by itself, by the difficulties in let the child deal with frustrations and by excessive extra-curricular activities for the development of potential abilities. Observations have been made that this action of the parents has brought losses to the child ́s learning process, hindering the construction of authorship of thought and the creation of an autonomous subject able to act upon the world.
Keywords: Overparenting; Childhood; Autonomy; Learning



Introdução

Nos últimos anos, muitos estudos têm buscado estabelecer a relação entre o contexto familiar e os resultados escolares e, mais recentemente, 1 Pedagoga e psicopedagoga clínica e escolar pelo Instituto Sedes Sapientiae, membro do Projeto PREVISTA de Prevenção Psicopedagógica e do Projeto Cuca Legal – Psiquiatria UNIFESP. A relação entre o estilo dos cuidados paternos e o desempenho e ajuste da criança ao ambiente escolar. E as diferenças nesses aspectos têm se mostrado importantes em relação à aprendizagem.
Além disso, o aumento da incidência de alguns fatos tem chamado a atenção de profissionais da área da Educação para o modo como os pais cuidam dos filhos e a relação com a aprendizagem escolar. Situações como a do pai que processou uma escola pelo fato de seu filho de doze anos ter contado que a professora o constrangeu quando pediu que fizesse um exercício que ele não sabia ou o aumento de pais que buscam a escola para questionar sanções impostas aos filhos que praticaram alguma infração tem se tornado mais frequente. Também tem sido mais comum a troca da escola se a criança é reprovada para que se consiga a promoção, impedindo que ela lide com as consequências por ter se dedicado pouco aos estudos.
Há ainda aqueles que exigem que o filho faça um grande número de atividades extraescolares, numa rotina exaustiva, para que possa “desenvolver todas as suas capacidades” e os que não permitem que filhos adolescentes caminhem por algumas quadras para irem até a escola com medo de que sejam sequestrados.
Embora no Brasil ainda haja poucos estudos em relação ao tema que em outros países se convencionou chamar overparenting– aqui denominarei “parentalidade excessiva” – este comportamento dos pais em relação aos filhos tem sido percebido pelos profissionais da Educação com maior frequência e pode afetar vários aspectos do desenvolvimento da criança no que se refere à aprendizagem.
Entre estes aspectos, a construção da autonomia tem se mostrado diretamente relacionada ao desempenho na escola. O suporte à autonomia foi definido como o grau em que os pais valorizam e mobilizam recursos para encorajar a independência da criança na solução de problemas, escolhas e participação em decisões. O grau de suporte à autonomia está diretamente relacionado com a capacidade de autorregulação da criança e sua competência na aprendizagem, sendo um insumo essencial para que o aluno tenha confiança na desafiadora tarefa de aprender (GROLNICK e RYAN, 1989).
No entanto, cabe pensar em como se promove a autonomia e, por conseguinte, a aprendizagem, em tempos onde alguns pais pretendem proteger seus filhos das experiências difíceis e oferecer todas as garantias para que obtenham uma vida que a eles parece satisfatória. E Também tem grande importância o lugar na pirâmide social onde estes filhos estarão e a possibilidade que terão de possuir o que a sociedade de consumo oferece.
Se o aprender atende à determinação instrumental colocada a priori em função do ter para consumir, o sentido do aprender para atuar sobre a realidade fica comprometido.



Infância e parentalidade

Sabe-se hoje que o vínculo que a criança cria com o cuidador e com os demais a sua volta é essencial para a construção de um senso de si mesma coerente.
As interações com o ambiente, com seu corpo, sua mente e, principalmente, com as pessoas mais próximas propiciam a construção saudável de sua individualidade (MARANO, 2008). Embora as mudanças da estrutura da família pós-moderna, a construção do psiquismo do indivíduo e sua constituição como sujeito inserido na cultura continuem dependendo das relações familiares, que lhe servirão como referência.
Mas o modo como se dá esse vínculo e a atuação dos pais são determinados historicamente a partir do modo como a infância foi e vem sendo encarada pelas sociedades ao longo do tempo. Historicamente, a infância está associada à imaturidade, à dependência, ao momento em que o indivíduo deve ser preparado para emancipar-se, vista como uma incompletude que se completa no processo de educação para a chegada à idade adulta (SILVA, 2007). Embora alguns autores afirmem que a criança fosse vista no passado como um adulto em miniatura, há desde a Antiguidade relatos sobre a preocupação com a formação dos mais jovens, que requereriam cuidados e atenção especiais (HONORÉ, 2009).
A infância, como a conhecemos hoje, é uma invenção da modernidade. Na transformação das sociedades, a família assume posição de destaque na dinâmica social, tornando-se um lugar de afeição necessária entre cônjuges e entre pais e filhos. De um lugar sem importância a criança passa a ser o centro da família. E não se tem evidências de nenhuma outra época de uma obsessão tão grande dos adultos a respeito da infância quanto nos nossos tempos (HONORÉ, 2009).
Do mesmo modo, o exercício da parentalidade é uma construção cultural. É compreendido como o exercício dos pais ou dos cuidadores na garantia das condições de vida necessárias para a sobrevivência e o desenvolvimento da criança a no nível físico, psicológico e social, com o objetivo de socializá-la e torná-la progressivamente mais autônoma. Os critérios da parentalidade dependem de crenças culturais, impressões subjetivas e outros fatores relacionados ao contexto, sendo significantemente diferentes de cultura para cultura.
No entanto, apesar das diferenças culturais, as dimensões da parentalidade envolvem os cuidados emocionais, sociais e disciplinares que promovam o desenvolvimento da criança.



As características da parentalidade excessiva

Uma tentativa de definir o que é a parentalidade excessiva (overparenting) seria o grande empenho dos pais para atender as necessidades do filho e a alta expectativa com o sucesso da criança, frequentemente levando-os a comportamentos que reduzem por um lado o desenvolvimento da autonomia e por outro a sobrecarregando de atividades que visam desenvolver suas capacidades (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Maior envolvimento dos pais, proteção e cuidado foram previamente apontados como fatores que melhoram o bem estar da criança. As sociedades ocidentais são fortemente influenciadas pela ideologia da maternagem intensiva e a parentalidade excessiva pode ter sido disparada por esta orientação. No entanto, coisas positivas podem ser perniciosas se forem levadas ao extremo.
Nos Estados Unidos, o movimento no sentido do aumento excessivo do cuidado e dedicação dos pais começou na década de 1970, com a diminuição do otimismo pós-guerra e a estagnação da economia (MARANO, 2008). A partir da globalização da economia e o aumento da competição, os pais passaram a fazer um grande esforço para dar aos filhos todas as vantagens possíveis.
Num ambiente de incertezas e mudanças intensas, quanto mais próximas do topo da pirâmide social está a família, mais ansiosa e preocupada com o futuro econômico do filho. Assim, buscam formas de equipar as crianças para vencer na competição num mercado global e garantir que consigam ser bem sucedidas.
Além da importância e do lugar que a infância assumiu nas sociedades ocidentais nas últimas décadas, o rápido desenvolvimento da tecnologia tem valorizado ainda mais a infância. Essas crianças nascem num universo tecnológico, onde têm tremenda facilidade para lidar com celulares e computadores. O surgimento da vida virtual das redes sociais e da comunicação instantânea potencializa o acompanhamento e monitoramento pelos pais.
A parentalidade excessiva está relacionada frequentemente com um intenso desejo de fortalecer e assegurar o vínculo e o bem-estar da criança, onde a própria autoestima dos pais depende fundamentalmente do sucesso de sua prole (MUNICH e MUNICH, 2009). Entre os sinais de parentalidade excessiva estão o exagero de atividades para desenvolver a criança em seu potencial máximo, a administração feita pelos pais (ou um deles) dos mínimos detalhes da vida do filho, pouco espaço para a autonomia física, cognitiva e afetiva e reforço excessivo da autoestima. Inclui ainda uma excessiva preocupação com o estado de humor e mental da criança e dificuldades de separar-se dela, mesmo numa idade em que isso seria esperado e natural.
Está também relacionada a uma baixa demanda dos pais à criança para que amadureça e desenvolva habilidades para a vida, torne-se independente, enfrentando circunstâncias difíceis e aceitando as consequências. É comum considerar que o filho está sempre certo e culpar outras pessoas, lutando para que a criança consiga aquilo que quer, num contexto de baixo nível de exigência do filho e em oposição à alta exigência de outras pessoas ou instituições, com destaque para a própria escola (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Há, frequentemente, grande envolvimento dos pais na vida social das crianças, vendo-se como os melhores amigos dos filhos. Ficam constantemente em companhia do filho, fazem telefonemas frequentes ou ainda esperam um relatório completo de suas atividades longe deles, invadindo sua privacidade. Interferem intensamente nas relações com colegas e nas amizades, por vezes confrontando amigos para que deem mais atenção a seu filho. O casal prioriza constantemente as atividades e necessidades do filho em detrimento das suas próprias (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Em alguns casos, os pais controlam fortemente as escolhas da criança – desde a roupa que usarão até os amigos que terão – e procuram enquadrar seu comportamento para atender a suas expectativas, não permitindo que a criança faça algumas coisas por entender que não as fará perfeitamente.
Outro comportamento que pode estar relacionado à parentalidade excessiva é a tendência dos pais de ficarem muito preocupados com situações que podem apresentar qualquer risco potencial, como sair sozinho. Há o medo de que sejam roubados ou sequestrados, mesmo em sociedades onde há decréscimo dos índices de violência (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
Parece que estes pais, extremamente sintonizados, exageram na percepção de potenciais perigos que a criança pode enfrentar, levando-os a monitorar e a resolver questões que o filho deveria lidar.
Esta atuação dos pais resulta em diminuição da resiliência, aumento do sentimento da criança de ter direitos diferenciados, aumento da ansiedade, redução das habilidades para a vida, pouca responsabilidade e baixa autossuficiência.
Pode haver um esforço dos pais e cuidados suficientes para o bem-estar da criança. No entanto, aumentar esse cuidado e esforço não garante que a criança terá ainda melhor bem-estar.



A parentalidade excessiva e a aprendizagem

O excessivo cuidado e a interferência dos pais podem comprometer diretamente o desenvolvimento emocional e cognitivo, que poderá se traduzir em problemas de aprendizagem no futuro. Esta atuação dos pais diminui a possibilidade da criança de atuar sobre o mundo e entender como ele funciona a partir das tentativas, erros e acertos, empobrecendo estruturas mentais e emocionais que se constroem na primeira infância, principalmente com a experiência.
Além disso, a autonomia neste conhecimento do mundo se construirá gradualmente na medida em que a criança perceber que pode sobreviver a partir de seus próprios recursos e capacidades, conquistando autoconfiança para explorar e para correr riscos. Poderá conhecer-se e reconhecer-se como sujeito, refletindo e atuando sobre sua realidade para transformá-la.
Um dos grandes objetivos da Educação é desenvolver a autoria do pensamento, ou seja, levar o indivíduo a poder reconhecer sua capacidade pensante ancorada em seus desejos e dar sentido à sua atuação sobre o mundo. Pais que impõem suas escolhas, sem abrir espaço para a criança poder gradualmente exercer as suas, comprometem o desenvolvimento desta autoria do pensamento, comprometendo o desenvolvimento de uma individualidade sadia e da capacidade de aprender (FERNÁNDEZ, 2001).
As relações vinculares e a experiência social na infância são as bases do desenvolvimento emocional e da inteligência. Este vínculo é baseado inicialmente numa grande proximidade física com a mãe ou com o cuidador, mas com o desenvolvimento da criança, essa proximidade e presença iniciais podem ir diminuindo.
A criança constrói no vínculo uma imagem internalizada da mãe, imagem sempre presente nas situações de desconforto pelas quais ela passa. Esse é um dos segredos da resiliência frente às futuras adversidades, que incrementa o desenvolvimento da criança, dando liberdade e segurança para que ela explore o mundo, aprenda e acumule experiência e sabedoria (MARANO, 2008). Além disso, a imagem internalizada da mãe é a primeira abstração e simbolização que a criança faz, dando abertura à construção das simbolizações que ocorrerão durante o desenvolvimento.
As pequenas separações dão lugar às grandes separações. No entanto, se os pais são excessivamente presentes e não proporcionam estas pequenas separações comprometem, entre outras coisas, a autonomia. A criança vivenciará as separações futuras como altamente estressantes, desorganizando-se emocionalmente (MARANO, 2008). A criança, nesses casos, pode tornar-se insegura, pouco resiliente e com baixo sentimento de autossuficiência.
Esta falta de autonomia se reflete, do mesmo modo, no espaço que os pais dão ao filho para que faça escolhas e possa entrar em contato com suas preferências e desejos. Há pouco espaço para a intimidade, com excessiva invasão e interferência em âmbitos em que o amadurecimento exige a atuação cada vez mais por si. Há uma baixa tolerância destes pais às experiências das crianças, às tentativas e erros que fortalecerão diversas capacidades envolvidas na solução de problemas e que finalmente permitirão que entrem em contato com o mundo para que se constituam como sujeito.
Além disso, consolidam a percepção na criança de que não é capaz, podendo desenvolver dificuldades em lidar com situações de erro e frustração, com menor motivação para experimentar, explorar e aceitar desafios. Como o erro é parte integrante e essencial da aprendizagem, no ambiente escolar ela pode apresentar reações emocionais superlativas, e alguns pais, percebendo o desconforto da criança, a mantém em casa, fazendo com que perca as aulas para que não tenha de enfrentar situações desagradáveis e estressantes, o que pode potencializar os problemas de aprendizagem. A ansiedade dos pais é transferida aos filhos e há relatos de estudantes mais velhos que frequentemente recusam-se a ir à escola (HONORÉ, 2009).
Há o empobrecimento das relações com os colegas, o relacionamento com a escola e com os professores se dá num clima de desconfiança, o que pode não estabelecer uma parceria que poderia beneficiar a aprendizagem. Quando os pais dão maior ênfase ao controle nas atividades escolares do que ao suporte para que o filho conquiste autonomia, podem comprometer o desenvolvimento da motivação autônoma na vida escolar (LOCKE, CAMPBELL e KAVANAGH, 2012).
É comum o excesso de atividades extracurriculares, às quais jovens e crianças são submetidos desde a tenra idade, numa preocupação destes pais com a estimulação da mesma para que desenvolva todos os seus potenciais. Pesquisas nos Estados Unidos mostram que entre 1981 e 1997 o tempo para as brincadeiras livres caiu 25% e o tempo voltado para a lição de casa mais que dobrou (GIBBS, 2009).
Brincar livremente permite que a criança possa fazer escolhas e entrar em contato com seus desejos, podendo atuar sobre a realidade a partir de suas vontades e assim descobri-la e descobrir-se. A falta deste tempo e o aumento de atividades dirigidas e supervisionadas podem afetar a criatividade.



Conclusão

O desejo que mobiliza o conhecer pressupõe uma falta, uma carência. Quando outro dirige o andar, não se questiona o porquê da escolha daquele caminho. Uma sociedade que endeusa crianças e jovens os mantém na onipotência, os afasta do contato com as fragilidades mobilizadoras do desejo pelo conhecimento (FERNÁNDEZ, 2001). A aprendizagem embute certo temor: o contato com o novo, o medo de não o apreender, o receio de não conseguir, o contato com suas potências, mas também com seus limites.
Com a pressão das rápidas mudanças na sociedade, um maior número de pais se sente ansioso em relação ao futuro de seus filhos, atribuindo a si a total responsabilidade por garantir à prole as condições de vida que eles entendem poder proporcionar felicidade e sucesso, interferindo e envolvendo-se excessivamente em vários aspectos da vida das crianças.
Este envolvimento tem cobrado o alto preço de crianças e jovens que têm sua autonomia comprometida e a capacidade de aprendizado afetada, na limitação em sua interação com o mundo e consigo mesmos. A autoria de pensamento, ou seja, a capacidade de se reconhecer autor de uma ideia ou de uma produção, reconhecer o sentido do que se aprende e perceber-se protagonista, não é construída (FERNÁNDEZ, 2001).
Mais pesquisas poderão aprofundar os efeitos da relação entre a parentalidade excessiva e a aprendizagem, embora os estudos citados neste artigo apontem para o fato de que esta atuação dos pais enfraquece habilidades essenciais para a capacidade de aprender.
As mudanças sociais rápidas são um desafio para a construção de conhecimento que possa ser transmitido entre as gerações. Mas, certamente, os mais jovens precisam desenvolver habilidades que os ajudem a lidar melhor com esta realidade mutante, onde o consumo e o individualismo são forças desagregadoras.
E, nesta realidade, as instituições estão em cheque, entre elas a escola e a família, num desafio de acompanharem as transformações sem perder seu papel na participação da coesão social.
É possível que neste momento de tamanha complexidade, os pais também necessitem desenvolver sua parentalidade. Dessa forma, a sociedade precisa envidar esforços para abrir espaço para a discussão do papel dos pais e da família, discussão que proporcionará a possibilidade de que a aprendizagem, mais uma vez, possa representar a reflexão, a ação e a mudança.



Referência

FERNÁNDEZ, A. O saber em jogo: A psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.
GIBBS, N. The growing backlash against overparenting. Time ́s. 2009.
Disponível em: http://content.time.com/time/magazine/article. Acesso em: 10 nov. 2013.
GROLNICK, S.; RYAN, M. Parent styles associated with children’s self-regulation and competence in school. Journal of Educational Psychology, v. 81, n. 02, 143-154, 1989. Disponível em: http://psycnet.apa.org/journals/edu/81/2/143/. Acesso em: 14 jan. 2014.
HONORÉ, C. Under pressure: Putting the child back in childhood. Londres: Orion Books, 2009.
LOCKE, J.; CAMPBELL, M.A.; KAVANAGH, D. Can a parent do too much for their child? An examination by parenting professionals of the concept of overparenting. Australian Journal of Guidance and Conselling, v. 22, p. 249-265, 2012.
Disponível em: http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=878 1611. Acesso em : 15 jan. 2014.
MARANO, H.E. A nation of winps: The high cost of invasive parenting. Nova Iorque: Broadway Books, 2008.
MUNICH, R., MUNICK, M. Overparenting and the narcissistic pursuit of attachment. Psychiatric Annals, 39:4, p. 227-235, abr. 2009.
Disponível em: http://www.sakkyndig.com/psykologi/artvit/munic2009.pdf. Acesso em: 5 dez. 2013.
SILVA, A.T. Infância, adolescência e trabalho docente. 2007. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Marília, 2007.
Disponível em: http://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/silva_att_dr_mar.pdf. Acesso em: 13 jan. 2014.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Atenção! Tem gente influenciando seus filhos já está nas livrarias! - De Cris Poli


Atenção! Tem gente influenciando seus filhos já está nas livrarias!

Confira nosso bate-papo com Cris Poli, a famosa Supernanny

O quarto livro de Cris Poli pelo selo Mundo Cristão, Atenção! Tem gente influenciando seus filhos, acaba de chegar às livrarias de todo o Brasil. Na obra, a experiente pedagoga oferece orientações aos pais que desejam lidar com influências negativas na educação das crianças, as quais podem ser causadas por agentes muito presentes no dia a dia dos pequenos - avós, parentes, pai ou mãe separados, escola, moda, sociedade, televisão, entre outros. (Clique aqui e leia a sinopse do lançamento).
Para aguçar a sua curiosidade sobre a novidade, conversamos com Cris. No bate-papo, ela dá dicas acerca do conteúdo do livro e deixa uma mensagem especial aos nossos leitores. Confira!
Mundo Cristão: Atenção! Tem gente influenciando seus filhos... Por que pai e mãe precisam estar atentos a essa realidade?
Cris Poli: Porque muitas pessoas e conteúdos veiculados em diversos aparelhos eletrônicos entram em contato com as crianças no dia a dia. Eles exercem forte influência na personalidade e caráter dos pequenos. Por isso, é necessário que os pais mantenham contato diário e relacionamento próximo com os filhos. O livro é um alerta para que os pais se conscientizem da necessidade da participação ativa na educação das crianças, zelando pelo bom senso e evitando o extremo da superproteção.
Como preparar-se para lidar com uma reação negativa dos parentes quando o objetivo é interromper a influência negativa que exercem sobre nossos filhos?
É importante ter convicção em relação aos objetivos da educação das crianças e ter disposição para o diálogo e posicionamento firme.
No livro, você dedica um capítulo especial para falar sobre o ambiente escolar, inclusive com informações sobre as principais correntes pedagógicas e dicas para os pais escolherem a instituição de ensino mais adequada à criança. Qual risco pai e mãe correm ao não observarem tais informações antes de matricularem o filho em uma instituição de ensino?
O risco é que haja contradições nos valores e princípios que querem transmitir para os filhos e que a proposta pedagógica da escola não seja adequada à orientação da família ou ao perfil da criança.
Como você enxerga a influência da mídia, da publicidade e da moda na mentalidade dos pequenos nesse início de século 21? Como intervir, sem aliená-los?
A supervisão do que os filhos assistem na mídia é fundamental. Essa intervenção ensina as crianças a avaliar e julgar o que estão consumindo, ensinando-os a serem criteriosos. As crianças estão ficando conectadas à internet cada vez mais prematuramente e é preciso protegê-las. Nesse ambiente, são inúmeros os riscos, não somente para os filhos, mas para as famílias em geral. Interação, diálogo, paciência, convicção, amizade, exercício da paternidade e muito amor é o aconselhado.
Cristianismo, criação de filhos e as demandas de uma sociedade cada vez mais avessa aos padrões de conduta e moral estabelecidos por Deus. Há esperança para os pais que desejam transmitir a fé que professam aos filhos? De que forma podem fazê-lo?
Sempre há esperança. O segredo? Viver a Palavra de Deus no dia a dia. Os pais são referenciais de conduta e os responsáveis pela educação dos filhos.
Uma mensagem aos leitores MC:
Desejo que essa parceria com a Mundo Cristão e com vocês, leitores, cresça e nos torne cada vez mais próximos nessa desafiadora tarefa de educar filhos.

Se existem múltiplas possibilidades de influências negativas na educação e no desenvolvimento da criança, também há diversas possibilidades de solução. Portanto, independentemente de qual seja sua situação, saiba que há esperança, mediante atitudes que você pode tomar.

Outros livros da autora:
S.O.S dos pais – 500 dicas para educar sem enlouquecer
Pais responsáveis educam juntos
Pais admiráveis educam pelo exemplo

Versículo do dia!!!


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Devocional - Spurgeon

Versículo do dia: A tristeza segundo Deus produz arrependimento. (2 Coríntios 7.10)
O verdadeiro arrependimento é obra do Espírito de Deus. O arrependimento é uma flor seleta que não brota no jardim da natureza humana. A pérola se forma naturalmente no interior da ostra, mas o arrependimento nunca se manifesta nos pecadores, se a graça de Deus não agir neles. Se você tem uma partícula de verdadeiro ódio para com o pecado, foi Deus quem lhe deu este sentimento, pois os abrolhos da natureza humana nunca produziram um único figo. “O que é nascido da carne é carne” (João 3.6). O verdadeiro arrependimento tem uma ref erência específica para com o Salvador. Quando nos arrependemos do pecado, precisamos ter um olho no pecado e outro na cruz. Será melhor ainda fixarmos ambos os olhos em Cristo e enxergarmos nossas transgressões tão-somente à luz do amor dele. A verdadeira tristeza para com o pecado é eminentemente prática. Ninguém pode dizer que odeia o pecado, se vive no pecado. O arrependimento nos faz ver a malignidade do pecado não somente como algo teórico, mas também como algo experimental -assim como uma criança queimada odeia o fogo. O verdadeiro lamento pelo pecado nos tornará muito zelosos em relação à nossa língua, para que não falemos palavras impróprias. Precisamos vigiar nossas ações, para não causarmos ofensas e terminarmos o dia com dolorosas confissões de nossos erros. A cada manhã devemos nos levantar com orações para que Deus nos sustente naquele dia, a fim de que não pequemos contra Ele. O arrependimento sincero é contínuo. Os crentes se arrependem até ao dia de sua morte. Sua tristeza pelo pecado não é intermitente. Todas as outras tristezas se rendem ao tempo, mas esta bend ita tristeza cresce juntamente com o nosso crescimento espiritual. Ela é tanto doce quanto amarga, mas agradecemos a Deus por sermos permitidos desfrutar deste arrependimento e sofrê-lo até entrarmos em nosso descanso eterno.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

KKKK


Uma bela dama aproximou-se do físico Albert Einstein e disse : Senhor, com sua inteligência e com minha beleza teríamos filhos perfeitos. Então , Einstein respondeu: Senhorita, não pensou na possibilidade do que resultaria da minha beleza com sua inteligência?

Devocional Spurgeon

Versículo do dia: Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. (João 4.14)
O crente em Jesus acha em seu Senhor o bastante para satisfazê-lo agora e mantê-lo contente durante o resto de sua vida e para todo o sempre. O crente não é uma pessoa cujos dias são gastos na busca de conforto e cujas noites demoram a se passar por falta de pensamentos que trazem conforto ao coração. O crente acha em Cristo uma fonte de alegria e um fundamento de consolação tão abundantes, que o tornam feliz e satisfeito. Ponham o crente em um cárcere, e ali ele encontrará boa companhia. Coloquem-no em um deserto, e ali o crente se alimentará do pão do céu. Privem-no de amizades, e ele achará o “Amigo mais chegado do que um irmão” (Provérbios 18.24). Removam os alicerces das esperanças terrenas do crente, e seu coração ainda permanecerá firme, confiante no Senhor. O coração é tão insaciável quanto a sepultura, até que o Senhor Jesus entra nele e o torna um cálice transbordante. Em Cristo, existe plenitude de abundância; Ele sozinho é o tudo do crente. O verdadeiro crente está tão satisfeito com a plena suficiência de Cristo que não mais tem sede -exceto por goles maiores da Fonte viva. Nesta doce maneira, crente, você terá sede. Não será uma sede dolorosa, mas de vontade amorosa; você descobrirá ser bom almejar por uma alegria mais completa do amor de Jesus. Alguém, em dias de outrora, disse: “Tenho frequentemente mergulhado meu balde no poço, mas agora, minha sede de Jesus tem se tornado tão insaciável que desejo trazer o próprio poço aos lábios e beber dele”. Querido leitor, este sentimento se encontra em seu coração? Você sente que todos os seus desejos estão satisfeitos em Cristo e que não tem qualquer outra necessidade, exceto a de conhecê-Lo mais e ter comunhão mais íntima com Ele? Então, venha constantemente à fonte e beba gratuitamente da água da vida (Apocalipse 22.17). Jesus nunca pensará que você bebeu demais, mas sempre lhe dará boas-vindas, dizendo: “Beba, sim, beba com abundância, ó amado”.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Pare e pense!!!


Uma pessoa pode ir à igreja duas vezes por dia, participar da ceia do Senhor, orar em particular o máximo que puder, assistir a todos os cultos e ouvir muitos sermões, ler todos os livros que existem sobre Cristo. Mas ainda assim tem que nascer de novo.

Um reflexão: Abraão manda buscar uma esposa para Isaque


Abraão manda buscar uma esposa para Isaque


Gênesis 24

Abraão estava velho, e seu filho Isaque já tinha 40 anos. Ambos ainda sofriam a dor da saudade de Sara, que havia morrido a mais ou menos três anos. Neste momento Abraão se preocupou com algo tão importante, que era o casamento do seu filho. Abraão sabia quão grande era o projeto de Deus para Isaque. Sabia também o quanto estarmos com a pessoa certa ao nosso lado influencia o desenrolar deste projeto. Abraão queria ver seu filho se casando, pois em breve não estaria mais com ele, e não é bom ao homem ficar só. Mas ele queria também que seu filho se casasse bem, pois antes só do que mal acompanhado. Vemos então ele enviando seu servo Eliezer até a Mesopotâmia para trazer dentre os seus parentes uma moça para se casar com seu filho. Ele exigiu que a moça fosse trazida para a terra de Canaã, a terra prometida, pois ali estavam os propósitos de Deus para a vida de seu filho. Em hipótese alguma Isaque deveria abandonar a terra da promessa para ir ficar com a moça. A pessoa preparada por Deus para nós nunca nos tirará dos planos de Deus, mas se juntará a nós nestes planos.

Ao chegar a Mesopotâmia, Eliezer pediu a Deus que, por sinais, lhe mostrasse quem era a pessoa certa, pois quem vê cara não vê coração. Todo aquele que quer acertar na escolha da pessoa para ficar ao seu lado, deve ficar atento aos sinais que Deus coloca diante de seus olhos. Muitas vezes é preciso silenciar o redemoinho de emoções para podermos enxergar o que está bem diante de nossos olhos e não nos enganarmos.

Deu tudo certo! Eliezer encontrou Rebeca, uma moça tão prendada que, quando Eliezer lhe pediu água, ela não somente lhe deu água, como também aos seus dez camelos. Bom sinal! Gente preguiçosa, por mais bonitinha que seja, só atrapalha nossa vida.

Quando Eliezer foi apresentado à família de Rebeca e lhes contou o motivo de sua vinda ali, todos se alegraram, principalmente Rebeca, pois viram que Deus estava naquilo. Mais um bom sinal! Toda família de acordo. Relacionamentos que fazem famílias entrarem em guerra e trazem discórdia, sei não...

Quando Eliezer retornava trazendo Rebeca, avistaram de longe a Isaque que estava no campo orando. Outro bom sinal! A melhor forma de se esperar a chegada de “Rebeca”, não é roendo as unhas, nem arrancando os cabelos, nem passando o tempo com “outras”. A melhor forma de se esperar é ficando.... na comunhão com Deus.

Começava ali um relacionamento que não iria terminar em divórcio, mais duraria até que a morte os separasse, pois foi planejado por Deus.

...E eles viveram felizes para sempre.

Pr Edmilson

 

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Charles Spurgeon - Devocional

Versículo do dia: O SENHOR olha dos céus; vê todos os filhos dos homens. (Salmos 33.13)
Talvez nenhuma outra figura de linguagem retrate a Deus de maneira tão brilhante quanto a figura que O apresenta descendo do seu trono, vindo do céu para atender às necessidades e contemplar os problemas da humanidade. Amamos Aquele que, ao ver as cidades de Sodorna e Gomorra repletas de iniquidade, não as destruiria até que lhes fizesse uma visita pessoal. Não podemos deixar de derramar nosso coração em afeição por nosso Senhor, que da mais sublime glória inclina o seu ouvido, e o coloca bem próximo dos lábios do pecador moribundo cujo coração debilitado anela por reconciliação. Como podemos não amá-Lo, quando sabemos que Ele conta até o número de nossos cabelos, marca o nosso caminho e ordena os nossos passos? Esta grande verdade é colocada bem perto de nosso coração, ao recordarmos quão atencioso é o Senhor, não somente para com os interesses temporais de suas criaturas, mas também para com as necessidades espirituais delas. Embora haja uma grande distância entre a criatura finita e o Criador infinito, existem laços que unem a ambos. Quando você chora, Deus está consciente disso. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Salmos 103.13). O seu suspiro é capaz de mover o coração de Jeová. Seu murmúrio pode inclinar os ouvidos dele até você. Sua oração pode deter a mão dele e sua fé pode mover-Lhe o braço. Não pense que Deus está assentado nas alturas ignorando tudo o que acontece com você. Lembre que mesmo pobre e necessitado como você é, o Senhor pensa em você. Os olhos dele passam por todos os lugares da terra, para que se mostre forte em benefício daqueles que têm um coração perfeito para com Ele (ver 2 Crônicas 16.9).

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Versículo da semana!!!


Tem sempre presente que ... Madre Teresa de Calcutá

MULHER


Tem sempre presente que:


A pele ficará com rugas,
O cabelo ficará branco,
Os dias conter-se-ão em anos...
Mas o importante nunca muda.
A tua força e a tua convicção não têm idade.
Por detrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Por detrás de cada meta, há outro desafio.
Enquanto estiveres viva, sente-te viva.
Se sentes falta do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotos envelhecidas...
Prossegue o caminho mesmo que todos esperem que o abandones.
Não permitas que se oxide o ferro que há em ti.
Faz com que, em vez de sentirem pena de ti, sintam respeito.
Quando, devido à idade, não possas correr, trota.
Quando não puderes trotar, caminha.
Quando não puderes caminhar, usa a bengala.
Mas nunca pares!
Madre Teresa de Calcutá

Eu recomendo esse palhaço.



 



Girafael é um palhaço jovem, de humor contemporâneo e com muita responsabilidade social.

Nosso intuito é levar princípios éticos de uma forma descontraída para jovens, adolescentes e crianças.

O evento é a ligação entre o humor e a consciência de valores, trazendo com alegria uma palestra sócio-pedagógica que visa melhorar o Brasil.

Promove palestras desde 2008 em escolas infantis, de ensino fundamental, médio e universidades com diversos temas como bullying, amizade, drogas, alcoolismo, respeito familiar, respeito escolar, felicidade, liberdade, valores de um forma divertida e alegre mas que alcança e emociona diversas crianças.

Palestrou em diversos estados pelo Brasil; como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espirito Santo, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraná, Brasília, Ceará, Pará, Bahia e Califórnia-USA.

Sobre o Girafael



  • Assistente Social graduado;
  • Fundador e diretor do projeto Love7;
  • Palestrante Anti-Drogas da Secretária de Minas Gerais;
  • Palhaço e ator;
  • Coordenador do projeto Teen Mission Califórnia-USA;
  • Graduado em Teologia na Faculdade Latino Americana;
  • Co-fundador da ONG Dia Brincalhão.

 

Fico sempre feliz em falar com você sobre o seu evento e poder adaptar nossos serviços para atender às suas necessidades. Você pode entrar em contato comigo por telefone ou e-mail ou preenchendo o formulário ao lado.

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