quinta-feira, 27 de abril de 2017

A Baleia azul e os nossos adolescentes: considerações aos pais e professores Adriana de Melo Ramos

A Baleia azul e os nossos adolescentes: considerações aos pais e professores
Adriana de Melo Ramos 
Danila Di Pietro Zambianco 
Lívia Mª Ferreira da Silva 
Soraia S. Campos 
Thais C. L. Bozza[1] 
 
Nos últimos dias o GEPEM (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral - UNESP/UNICAMP – SP) recebeu inúmeras mensagens de professores, gestores e pais, preocupados com a repercussão de um jogo chamado “Baleia Azul” (Blue Whale). O jogo, que viralizou nas redes sociais e na mídia nas últimas semanas, propõe 50 desafios macabros aos adolescentes, que vão desde tirar fotos assistindo a filmes de terror, automutilar-se, fotografar-se em lugares perigosos até, na etapa final, cometer suicídio. Nas últimas semanas, só no YouTube, são milhares de vídeos sobre o jogo. Há links de convites para as pessoas entrarem em dezenas de grupos fechados sobre o assunto, no WhatsApp e no Facebook, em vários idiomas, inclusive português. O que se sabe é que o jogo Baleia Azul teve origem nas redes sociais da Rússia, espalhou-se pelo mundo, chegando ao Brasil causando bastante transtorno.
 
Alguns atribuem a grande repercussão do jogo ao momento em que uma série produzida e exibida pelo Netflix também viralizou entre os jovens, se trata da série 13 Reasons Why (“Os 13 porquês”) que retrata os momentos finais de uma jovem suicida. A diferença é que enquanto a série foi produzida com o apoio de especialistas para tratar de um assunto sensível, e o faz por meio de uma representação simbólica, afinal é um vídeo; o jogo estimula os seus participantes a agirem contra si próprios e tem em seus criadores pessoas anônimas e mal-intencionadas.
 
O desafio da Baleia Azul não é o primeiro jogo com apelos letais que virou moda entre os adolescentes. Tivemos anteriormente no Brasil, o Jogo da Asfixia, o Desafio do Sal e do Gelo, assim como o Jogo da Fada. Todos eles estimulavam a tortura e o autoflagelo em quem participasse da trama.
 
O fato que tem chamado a atenção de todos é a associação de alguns suicídios entre os adolescentes ao desafio da Baleia Azul, porém, até o momento, não há dados oficiais que relacionem diretamente mortes ao jogo. Entretanto, o assunto reacendeu o debate sobre a depressão infanto-juvenil e sobre o suicídio entre os jovens, que vem aumentando seu percentual muito antes do jogo ficar “famoso”. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é a principal causa de doença e invalidez entre os adolescentes; enquanto que a morte por armas, acidentes de trânsito e suicídio estão entre as três principais causas de morte para essa faixa etária. 
 
Mas antes de sairmos procurando culpados para o problema, cabe perguntar-nos: por que adolescentes ficariam vulneráveis a esse tipo de “jogo” ou “desafio”?
 
É sabido que uma das características comuns dos adolescentes é a necessidade de pertencimento a grupos ou “tribos”. Nessa fase da vida, o grupo de pares assume uma importância desmedida, distanciando-se inclusive do contexto familiar. O grupo passa a atuar como regulador dos comportamentos, levando seus membros a acatar certas normas e regras que conduzem suas ações. E mais, os grupos aos quais os jovens pertencem desempenham um papel importante na construção de sua identidade, no que diz respeito às ideologias e sistemas de valores. Ou seja, precisa do outro para entender a si próprio, para construir-se. A estética e a aparência emergem nesse contexto. O tipo de roupa, o corte de cabelo, os acessórios utilizados são importantes para a manutenção do sentimento de pertença a um determinado grupo. Ao adotar estilo característico, o jovem acredita se distinguir dos adultos e de outras tribos, esperando assim, ser reconhecido e aceito entre os iguais. Alguns estudiosos apontam para uma crise de identidade na adolescência que desencadeia o processo de identificações com pessoas, grupos e ideologias, sendo essas identidades provisórias até que a crise em questão seja resolvida e uma identidade própria, construída. O dilema adolescente: “ser adulto e ainda não ser adulto” em um momento de transformação corporal, escolha profissional, diante da descoberta da sexualidade, tendo acesso às drogas lícitas e ilícitas, certamente é um malabarismo de difícil equilíbrio. 
 
Muitas vezes quando não encontram um grupo que lhes acolha e que queira pertencer, ou que as pressões dessa fase da vida se sobreponham às coisas boas, os adolescentes tendem a enxergar com dificuldade qual o sentido da vida. Uma vida sem sentido é, portanto, uma vida pouco significativa. A falta de sentido na vida para o jovem pode ser motivo de não mais querer viver. O número de suicídios em jovens está aumentando em todo o mundo e, na maioria dos casos, havia algum tipo de transtorno mental, principalmente a depressão. O suicídio possui causas psicopatológicas, mas também sociais. Para alguns indivíduos a não integração à vida social, a grupos, podem pressionar de tal forma que a depressão e a melancolia tomam conta do sujeito, enxergando como a única solução para o fim do sofrimento, dar cabo à própria vida.
 
O “jogo” Baleia Azul é apenas o pano de fundo para um cenário que revela o aumento dos casos de suicídio entre jovens que se repete há anos. Como já citado, jogos letais anteriores a esse existiram e outros posteriores, certamente existirão. Não devemos ignorar a existência destes jogos, mas sim considerar a questão proposta para reflexão e lançar mão de ações que possam auxiliar nossos jovens a enfrentarem com assertividade os desafios e perigos a que eles podem estar expostos. Os adultos estão assustados e preocupados, pois encontram dificuldade de entrar no universo dos adolescentes, de se conectar, de estabelecer um diálogo assertivo e de perceber quando algo não está indo bem. Não se deve banalizar ou julgar essa realidade, com a crença de que estão querendo, apenas, chamar a atenção. É importante refletir sobre a depressão, suas causas e consequências, considerando esta uma doença, tratável. É importante um olhar atento ao perceber sinais de mudança de comportamento dos adolescentes e buscar estratégias de intervenção.
 
Instituições, como família e a escola, precisam estar atentas a algumas mudanças comportamentais, tais como[2]:    alterações significativas na personalidade e ou nos hábitos;
 comportamento ansioso, deprimido ou agitado;  queda no rendimento escolar;  perda ou ganho repentino de peso;  mudança no padrão de sono;
 tristeza, irritação e acessos de raiva combinados;  comentários autodepreciativos ou desesperançosos em relação ao futuro;  demonstração clara ou velada do desejo de pôr fim à vida;  desinteresse em realizar atividades que demonstrava prazer anteriormente; 
 vestir roupas que cubram o corpo, mesmo em dias quentes, na tentativa de esconder cortes e
machucados.
 
O principal canal de comunicação com os jovens deve ser o diálogo, a fim de conscientizá-los a respeito das consequências de que essas práticas nada têm de brincadeira, ou tampouco podem ser chamadas de inocentes. Colocar-se à disposição para acolher e escutar, sem julgar, considerando o que pensam e sentem é sem dúvida o caminho recomendável. O controle e monitoramento por parte dos pais, assim como a proibição de acesso a Internet, é uma missão, perdida com os jovens, ainda mais considerando que o acesso à internet é na maior parte das vezes por meio de dispositivos móveis. É importante estabelecer conversas abertas e honestas sobre os sentimentos dos jovens, dúvidas, angústias, desejos, frustrações. E, frente aos sinais de sofrimento prolongado, isolamento e frases sobre suicídio ou desespero (dizendo que não tem motivo para continuar vivo, que não fará falta se morrer...), é importante buscar auxílio de profissionais que possam realizar orientação adequada sobre o tratamento.
 
É importante que a escola, além de se valer das mesmas recomendações dadas à família, abra em seu currículo espaços sistemáticos para a reflexão da convivência e dos valores, como a valorização da vida. Como instituição que visa educar os alunos para uma sociedade cada vez mais complexa, é válido incluir temáticas relevantes aos jovens que aparecem na internet e nas redes sociais, problematizando-as e promovendo reflexão crítica. 
 
Educar em tempos pós-modernos, com tantas mudanças e problemas complexos, é realmente desafiador. Cada dispositivo móvel ou computador com acesso à internet é uma janela para o mundo, com interações positivas e outras, perigosas. Mas se pretendemos formar jovens para a autonomia moral e intelectual, além de construir relações de respeito mútuo e confiança, incentivar ações de cuidado e generosidade, espaços para a fala e a escuta como rodas de diálogo e mediação de conflitos, precisamos cada vez mais nos preparar e incorporar temáticas que estão presentes no universo online, como por exemplo, os processos de manipulação e sedução ou as agressões virtuais. Essa tarefa, responsabilidade de todos, é urgente e necessária.
 
Quer saber mais? Acesse um vídeo e reportagens que abordam o tema de forma clara e didática:
https://www.youtube.com/watch?v=qKQQKWwKLTo  https://www.facebook.com/SafernetBR/posts/1317178101663414  https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1790/jogo-baleia-azul-o-que-a-escola-pode-fazer
 
 
  
 
 
 


[1] Integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral-UNESP/UNICAMP. Para mais informações acesse: www.gepem.org.
[2] Adaptado de: http://www.fatosdesconhecidos.com.br/o-que-e-o-jogo-da-baleia-azul-que-esta-rodando-internet-e-o-que-ele-esta-fazendo-compessoas/ 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Barzilai - A história do Brasil que não conhecíamos - Ângela Valadão Cintra


Barzilai

Nos anais de nossa história conta-se que, entre os primeiros brancos que povoaram o Brasil, havia muitos judeus que vieram fugidos da inquisição da igreja romana. Eles trouxeram costumes bíblicos que se apegaram à cultura brasileira, tal como o pedir a bênção dos pais e de pessoas mais velhas. Quem não se lembra da geração passada dizendo, antes de sair, ao chegar a casa ou nos cumprimentos: “a bênção, pai, ou mãe, ou tia, ou padrinho, ou vovô? E eles respondiam: “Deus te abençoe, meu filho”! Esse é um costume bíblico herdado dos judeus, registrado em Nm 6.22-27: “Disse o Senhor a Moisés: Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-eis: O Senhor te abençoe e te guarde. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Esse costume lindo perdeu sua força após o movimento feminista da década de 60, vindo outra geração cujos filhos começaram a chamar os pais de “você” em vez de “senhor ou senhora”. Perdeu-se o respeito e muita coisa mais.

Há outros indícios da forte presença dos judeus na história do Brasil colonial, Brasil império e Brasil república. Aliás, Brasil antes era escrito com “z”, Brazil, e carrega no seu nome um encargo maravilhoso e uma missão enquanto nação. Esse nome se originou do “pau de ferro”, uma árvore fortíssima e pesadíssima. “Brasil” em hebraico é escrito assim: ליזרב ; e a palavra “ferro” assim: לזרב (barzel). São idênticas, tendo “Brazil” o acréscimo da pequenina letra (iod). Há uma história que traz a importância do nosso nome e nossa missão. No Brasil colônia havia um judeu que comercializava o precioso “pau-de-ferro”, ou “pau barzel”, como se dizia “ferro” em hebraico. Pau barzel tornou-se logo “pau brazil”, de onde veio o nome do nosso país. E se você fala hebraico, ao desembarcar em Israel e lhe perguntarem por sua nacionalidade, você responderá que é “Barzilai” (brasileiro).

Na Bíblia existe um personagem chamado Barzilai, um velho amigo do rei Davi e que o socorreu no deserto quando fugia da conspiração de Absalão (2Sm 17.27-29). O texto diz que Barzilai e outros amigos de Davi “tomaram camas, bacias e vasilhas de barro, trigo, cevada, farinha, grãos torrados, favas e lentilhas; também mel, coalhada, ovelhas e queijos de gado e os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava, para comerem, porque disseram: Este povo no deserto está faminto, cansado e sedento”. Barzilai socorreu Davi com seus bens num momento de grande necessidade.

Ser brasileiro é ser “Barzilai”. E esta é precisamente a nossa missão: ajudar Israel, ajudar as nações em seus desertos. E assim tem sido nossa história: Osvaldo Aranha presidiu a sessão da ONU que estabeleceu o nascimento do Estado de Israel. Podemos ver que o povo brasileiro foi formado por pessoas de tantas nações que fugiam das guerras, das perseguições, da morte e, aqui, encontraram ajuda, amizade, esperança. Esta foi e continua sendo a nossa missão: ser “Barzilai”.

Podemos ver uma ligação forte do Brazil com Israel nas letras do nosso nome: Brazil (grafia antiga), que se escreve em hebraico sem as vogais ( ליזרב ), seria: BRZ(I) L. Veja que nessas 4 consoantes temos as iniciais (como num acróstico) dos nomes de Israel (Jacó), e de suas 4 esposas: B (Bila), R (Raquel), Z (Zilpa), I (Israel) e L (Lia). Não é interessante carregarmos o nome de Israel conosco?

Fomos chamados por Deus para ajudar as nações e para servir aos que estão passando dificuldades. E a igreja brasileira tem feito um trabalho missionário importante e maravilhoso pelo mundo afora. O Inimigo sabe disso e quer limitar nossa força, impedir que cumpramos o nosso chamado como brasileiros (como Barzilai).

(...)

Avante, brasileiros! Avante, “Barzilais”, empunhando as armas espirituais: a oração, a adoração e a proclamação da Palavra de Deus sobre nossa “pátria amada, abençoada.” Levante sua espada de fogo, profetizando a Palavra viva, e veja a glória do Senhor cobrindo nossa cidade e cobrindo o nosso Brazil! Parafraseando a Escritura: “Feliz és tu, ó Brazil! Quem é como tu? Povo salvo pelo Senhor, escudo que te socorre, espada que te dá alteza. Assim, os teus inimigos te serão sujeitos, e tu pisarás os seus altos” (Dt 33.29).

Fotos: Internet



27 E sucedeu que, chegando Davi a Maanaim, Sobi, filho de Naás, de Rabá, dos filhos de Amom, e Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai, o gileadita, de Rogelim,

28 Tomaram camas e bacias, e vasilhas de barro, e trigo, e cevada, e farinha, e grão torrado, e favas, e lentilhas, também torradas,

29 E mel, e manteiga, e ovelhas, e queijos de vacas, e os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava, para comerem, porque disseram: Este povo no deserto está faminto, cansado e sedento.



:: Ângela Valadão Cintra


 

Devocional de Spurgeon - Versículo do Dia:“Fazei isto em memória de mim.” (1Coríntios 11.24)

Versículo do Dia:“Fazei isto em memória de mim.” (1Coríntios 11.24)
A implicação do texto de hoje parece ser a possibilidade de os crentes esquecerem Jesus! Não haveria necessidade para esta amorosa exortação, se não houvesse uma pequena suposição de nossas memórias se provarem desleais. Também não se trata de uma suposição desguarnecida. Infelizmente, nossa vida o confirma na prática, não como uma possibilidade, mas como um fato lamentável! Parece quase impossível que não lembrem de seu gracioso Salvador, os redimidos pelo sangue do Cordeiro que foi morto, aqueles amados com amor infinito pelo eterno Filho de Deus. Entretanto, sendo o crime alarmante aos ouvidos, é, infelizmente, muito evidente para ser negado. Esquecer Aquele que jamais nos esqueceu? Esquecer Aquele que derramou seu sangue em favor dos nossos pecados? Esquecer Aquele que nos amou até à morte? Isto é possível? Sim, isto não somente é possível, como também a nossa consciência confessa ser esta uma falta que infelizmente todos cometemos: permitimos que o Senhor Jesus seja como um viajante que se demora apenas por uma noite. Aquele que deveríamos tornar o morador permanente de nossa recordação é apenas um visitante.
A cruz, onde achamos que a memória deveria se demorar e a irreflexão seria um intruso desconhecido, é profanada e pisoteada pelo esquecimento. A sua consciência não lhe diz o mesmo? Você tem esquecido o Senhor Jesus? Algumas criaturas roubam o seu coração, e você tem deixado de pensar nEle. Alguns negócios terrenos absorvem sua atenção, quando você deveria fixar, com determinação, seus olhos na cruz. A agitação incessante do mundo e a constante atração das coisas terrenas fazem com que a alma se mantenha afastada de Cristo. Enquanto a memória preserva uma erva daninha, ela permite que a Rosa de Sarom murche. Sejamos determinados: se temos de deixar algo escapar de nossas mãos e nossa mente, seguremos com firmeza o Senhor Jesus.
Fonte: Ministério Fiel

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Sugestão de livro: Deus, casamento e família Andreas J. Kösterberger


 Estou lendo o livro que ganhei num sorteio no fim de uma disciplina na minha atual igreja.
 No início pensei: - são três livros, eu disse" - Deus que  ganhe o casal que estiver  precisando,  então duas pessoas foram sorteadas , sendo que um dos casais sorteados, eu estava torcendo por eles  e no último livro  a ser sorteado, eu pensei, bem que eu poderia ganhar também,  se eu ganhar eu vou ler e compartilhar o que gostei do livro. Acho que Deus ouvi minha barganha ( KKK)". Fui sorteada.

 Eis um trecho do livro:
"Vivemos uma crise no que diz respeito ao casamento e à família e somente com um retorno ao fundamento das Escrituras poderemos ter a esperança de recuperar essas instituições. A fim de fornecer um tratamento bíblico e integrado desses temas, os autores examinam o que a Bíblia diz sobre os propósitos que Deus tem para homem e mulher tanto no casamento quanto na vida familiar. Essa análise abrange tópicos como casamento, criação de filhos, solteirismo, homossexualidade, divórcio, novo casamento, contracepção, aborto, o papel de cada sexo e liderança no lar. Portanto, este livro é essencial para todos que buscam uma visão bíblica e uma resposta para os complexos desafios que nossa cultura lança às intenções de Deus para o casamento e a família.
Ao final da obra os autores prepararam um guia de estudo que facilita o aprendizado e é ideal para estudos em pequenos grupos."

UM RATO. UMA FAZENDA E OS DEMAIS (uma fábula corporativa) Autor desconhecido

UM RATO. UMA FAZENDA E OS DEMAIS
(uma fábula corporativa)
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
– Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande
problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me
incomoda.
O rato foi até o porco e disse:
– Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
– Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
– O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então, o rato voltou para casa abatido para encarar a ratoeira.
Naquela noite, ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pegado.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e os vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo.
Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
“Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se de que, quando há uma ratoeira na casa, toda fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.” (Autor Desconhecido)

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Alerta para os pais sobre o Suicídio. Por Luciana Franck



Alerta para os pais sobre o Suicídio.
Por Luciana Franck

Diante desses últimos acontecimentos, muitos pais, assim como eu, que tenho um filho adolescente, que passa muitas horas com seus aparelhos eletrônicos, fiquei  assustada com os noticiários sobre  jovens que estão tirando a própria vida por contas de jogos suicidas.

E Para contribuir um pouco, fiz a transcrição do trecho  a seguir, que foi  retirado do livro TEENOLOGIA – ARTE DE CRIAR ADOLESCENTES INCRÍVEIS,  de Tim Burns’, que tem um capítulo que trata sobre o suicídio. Vale a pena ler.

Eis o trecho:
“O suicídio é a terceira maior causa de morte entre os adolescentes, e sua incidência mais que triplicou nos últimos 30 anos. Trata-se, obviamente, de um assunto que nenhum pai que encarar; mas, sendo ele cada vez mais preocupante, é essencial que os pais estejam cientes dos problemas e soluções mais comuns para ajudar a proteger seus filhos adolescentes.

Há muito mitos a respeito do suicídio, e às vezes até profissionais da área de assistência cometem mal entendidos comuns.

1º MITO   O SUICÍDIO ACONTECE SEM AVISO
                Na verdade, a maioria dos suicidas dão vários avisos. Os pais tendem a não perceber esses avisos ou descarta-los como meras reações exageradas dos filhos. Leve a sério os mínimos sinais de alerta. Os sinais de alerta de suicídio estão listados  em muitos sites confiáveis como  www.suicidiogy.org  (em inglês). Infelizmente, o aviso final é uma tentativa de suicídio, e nós, como pais, devemos fazer de tudo o que pudermos para que as coisas não cheguem a esse ponto.

2º MITO  -  AS PESSOAS QUE FALAM DE SUICÍDIO NÃO O COMETEM
                A verdade é que 80% das pessoas que comentem suicídio falaram sobre isso, mas aquele com que elas falaram provavelmente não levaram a sério. Muitos pais têm medo de mencionar a palavra suicídio porque receiam dar a ideia a seus filhos. Se você suspeita que seu filho esteja pensando em se suicidar, converse claramente com ele sobre o assunto.

3º MITO  - OS SUICIDAS NÃO BUSCAM AJUDA MÉDICA
As pesquisas mostram que três em cada quatro pessoas visitaram o médico por algum motivo num período de um a três meses antes do suicídio

4º MITO  - TODOS OS SUICIDAS APRESENTAM ALGUMA DOENÇA MENTAL
                Muitos creem que o suicídio só ocorrem com pessoas que sofrem de doenças mentais. O fato é que apenas 15% das pessoas que tiraram a própria vida realmente foram diagnosticadas como doentes mentais. Na maior parte do tempo, os suicidas parecem normais para aqueles que os cercam.

5º MITO  – OS SUICIDAS  QUEREM MORRER MAS QUE QUALQUER OUTRA COISA
Um das características mais comuns dos adolescentes que pensam em suicídio é ambivalência. Eles têm o forte desejo de acabar com a própria vida, mas também desejam muito viver. Você pode dar-lhes esperança e segurança, e isso pode leva-los a mudar de ideia facilmente. O que eles procuram é uma razão para viver.

6º MITO – QUANDO A DEPRESSÃO MELHORA, A CRISE SUICIDA TERMINA
Geralmente, a melhora da depressão significa que o adolescente tomou a decisão final de tira a própria vida. Uma vez que a decisão foi tomada, a depressão é, às vezes, substituída por uma atitude quase maníaca de euforia.” ( Burns, 193-194)


Dicas para os pais sobre suicídio


O livro ‘ TEENOLOGIA – ARTE DE CRIAR ADOLESCENTES INCRÍVEIS,  de Tim Burns’,   tem um capítulo que trata sobre o suicídio , por isso achei  pertinente escrever o  trecho  do referido livro ,  devido  ser um assunto muito comentado nesses dias,  principalmente após alguns  casos de morte de jovens  por causa do envolvimento em  jogos , como por exemplo, o da   Baleia Azul.

Burns relata o que seu grande amigo Rich Van Pelt, especialista na área, lhe ensinou há alguns anos que:

“É necessário para um adolescente cometer suicídio é a hora, o lugar e o método. Caso seu filho tenha feito comentários sobre a hora, o lugar e o método que ele usaria para se matar, leve isso extremamente a sério. Procure ajuda imediatamente. Se ele tiver um plano em mente, a melhor maneira de pará-lo é intervir, o que, normalmente, significa uma avaliação completa num hospital. Se se filho é suicida, procure ajuda na mesma hora; se ele tem falado sobre métodos de suicídio, garanta que ele não tenha acesso aos meios hábeis. O suicídio é uma solução temporária. Há ocasiões em que os pais são simplesmente pegos de surpresa. Todavia, independente da situação, os pais informados e os que buscam ajudam normalmente verão o problema temporário desaparecer”. (p. 194)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Salmo 128

Salmos 128

1  BEM-AVENTURADO aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos.
2  Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
3  A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
4  Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor.
5  O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6  E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.

Quanta intimidade! Por Lu Franck


Quanta intimidade!

O livro - Praticando a presença de Deus, não sei o autor (kkk) conta a história de um monge que viveu há centenas de anos atrás, ele era um apenas um cozinheiro de um mosteiro. 

Ele tinha como objetivo de vida, viver na presença de Deus, e tudo que esse homem fazia era tudo para a glória de Deus, e no livro conta seu testemunho de vida.

 E segundo a pessoa que narrou, não era para ele ser um monge, pois não tinha condições financeiras e intelectuais, então resolveu ser o cozinheiro do mosteiro, ele apenas queria  servir, e ele queria também ser o melhor cozinheiro daquele lugar para agradar a Deus.

 Porque ele sabia que Deus estava olhando para ele.  E quando o futuro monge jogava uma omelete para cima e ele dava glória a Deus.  E agradecia. E tudo o que fazia reconhecia Deus na sua vida.

Quanta intimidade.

 O que aprendi com essa  simples história? Será que temos tanta intimidade assim com o Pai?

Ouvi essa história numa pregação, e a preletora também se indagava. "- Que na  correria do dia a dia,  será que temos sentido a doce presença do Senhor?

 Também pensei: " - Será que estamos buscando agradá-lo em tudo ou apenas no domingo quando vamos à igreja e talvez apenas no início do mês quando mandamos nosso dízimo para uma humilde igreja. Ou  quando agradecemos nas refeições; " - Obrigada Deus por essa comida, ou dizendo “- Pai abençoa meu dia.”, e etc.

Essa história me tocou assim como também quem me contou.

Hoje me serviu de  inspiração e de clamor.  E pedi ao meu Pai: - Deus amado, assim como a corça suspira pelas águas, que minha alma também suspire por Ti, meu Senhor e Salvador, meu Deus, em que confio.  Que eu saiba te reconhecer em todos os momentos da minha vida. Em nome de Jesus Amém.

Lu Franck

Autor desconhecido1 – Você só aprende a ser filho, quando se torna pai. 2 – Você só aprende a ser pai, quando se torna vô.



Rodrigo, 34 anos, depois de muito tempo sem visitar o velho pai, resolveu passear com ele. Foram para um parque da cidade e resolveram sentar em um banco da praça.
Enquanto Rodrigo lia seu jornal, seu pai observava a natureza com os olhos cansados de um homem de 81 anos. De repente, diante de um movimento nas árvores, o pai de Rodrigo, seu Orlando, pergunta:
– Filho, o que é aquilo?
Rodrigo afasta por um segundo o jornal e responde:
– É um pássaro, pai…
O velho pai continua acompanhando o movimento do passarinho e, novamente, pergunta:
– O que é aquilo?
Estressado, Rodrigo responde de forma ríspida:
– Poxa! Já falei… Aquilo é um pássaro!!!
Passados alguns segundos, seu Orlando torna a perguntar, apontando para o passarinho:
– O que é aquilo?
Desta vez, o filho explode com sua paciência esgotada, gritando com o próprio pai:
– O senhor está caduco, surdo? Já falei aquilo é um pássaro. P á s s a r o!!! Entendeu???
Nisso, o velho pai faz um sinal pedindo para o filho aguardar.
Levanta-se, tira da bolsa uma espécie de diário e pede ao filho para ler em voz alta um trecho escrito há muitos anos:
“Ontem, meu filho, agora com três aninhos, perguntou-me 26 vezes o que era aquilo voando de uma árvore para outra e lhe respondi todas as vezes, com muita paciência, tratar-se de um pássaro. E, em todas as vezes, abracei meu filhinho, orgulhoso e cheio de amor.”
O filho não foi capaz de conter as lágrimas e chorou copiosamente durante alguns instantes.
1 – Você só aprende a ser filho, quando se torna pai.
2 – Você só aprende a ser pai, quando se torna vô.


Muitas vezes não temos paciência com nossos pais, achando que eles são chatos, velhos demais e só querem atrapalhar nossa vida. Esquecemos que foram eles que nos orientaram, educaram, socorreram, investindo todo seu tempo, paciência e amor para que pudéssemos, um dia, ser pessoas de bem. E hoje não temos tempo e paciência para com eles.
As pessoas passam a vida inteira julgando tudo que vêem. Jogam palavras que não voltam, olhares que machucam, rejeitam, maltratam, usam. Isso dói, tá legal? O ser humano vai guardando isso dentro de si até formar uma grande bola prestes a explodir. Você pode ver uma pessoa sorrindo, parecendo feliz, mas não se engane, sempre há coisas além. Por isso somos cegos. Nunca vemos além.
Aquela menina sentada de cabeça baixa tá precisando de ajuda. Mas o que as pessoas fazem? "Fulana está na bad".
Que sociedade maldita. Como se tristeza fosse algo irrelevante, que nao precisa de atenção. Idiotas. Quando é tarde eles se perguntam o que tinha de errado.
Pais que não vêem seus filhos se cortando, se drogando, se destruindo. Escolas que não vêem o bulling debaixo do seu nariz.
Pais que estrupam os filhos, mães que humilham, irmãos que rejeitam.
Malditos. Malditos.
Tudo isso acima faz a mente humana enlouquecer, sabia? Ela definha, fica angustiada e cheia de coisas inexplicáveis, pensamentos perigosos. Você vê no jornal aquele jovem que matou inúmeros estudantes e julga. Já parou pra pensar o que levou ele fazer aquilo? Será que não foi a hipocrisia e idiotice da sociedade?
Essa sociedade que nos coloca em um lugar durante anos, em total humilhação e depois quer escolher um futuro pra nós.
Ninguém nunca vê. Até que é tarde.
Eu não queria morrer. Eu penso que tenho um futuro pela frente. Eu sei que tenho.
Tnho mais amigos para fazer, mais músicas para escutar, mais pessoas para namorar, mais shows para ir. Tanta coisa.
Mas sabe o que eu e outras milhões de pessoas pensam sobre isso?
"Eu não tenho força de vontade para continuar. Eu não sou forte, eu não consigo seguir em frente sem derrubar mais uma lagrima".
Sejam mais gentis, por favor. Amem mais, ajudem mais, vêem mais, peguem na mão de pessoas que estão se afogando. Dê sua mão.
Dê um sorriso.
Eu tenho inúmeros motivos para ter feito o que fiz.
Meu próprio pai me abusou e foi por isso que eu morri por dentro. Eu fui morrendo durante dois anos. Fui vendo minha morte sem poder fazer nada a respeito.
Quantos cortes eu nao fiz?
Eu até apelei a drogas, o que não resultou em nada.
Meu pai iniciou a destruição.
Minha mãe me tirou minha rotina e passou a assistir tudo em total inconsciência. Eu sei que ela via, mas quem disse que ela percebia?
Ela era uma mãe tão atenciosa, o que aconteceu? Porque ela ficou tão alheia? Porque ela demonstra amar mais a meu irmão? Porque ela não me ama? Porque ela não me abraca e me beija assim como ela faz com meu irmão?
Porque ela me humilha por causa de um erro tão pequeno?
Porque ela não pergunta como foi meu dia na escola? Porque ela não quer saber o motivo de eu estar tanto tempo trancada no quarto? Porque ela não pergunta o motivo de eu usar tanta blusa de manga comprida?
Ela ta deixando eu morrer sem fazer nada. E eu não quero as lágrimas de meus pais. Eu sentiria nojo delas. Eu sentiria nojo porque eu passei a odiar meu pai e odiar minha nova mãe. Porque eu ainda amo aquela mãe que me abraçava e me beijava. É como se ela não me amasse mais porque fui usada pelo meu pai, como se ela sentisse nojo de mim.
Sim, ela sabe do abuso, mas jogou pra debaixo do tapete. Assim como aquela maldita escola em que eu passei os piores momentos da minha vida.
Eu ja tentei suicídio outras vezes. E isso e é horrível, porque eu já sei a sensação.
Pensar em suicídio é uma coisa, mas planejar e ir no ponto é outra.
Dá aquele aperto no peito, aquela sensação de frio na barriga. "O que acontecerá depois disso?" Eu não acredito em deus, eu creio que depois disso não há nada.
Mas enfim, fazer isso é difícil. Eu sou muito covarde.
Eu irei deixar muita coisa no mundo e o mundo ira perder muita coisa. Eu sou diferente. Eu sou uma daquelas pessoas que os outros precisam .
As vezes acho que sou hipócrita porque eu vejo pessoas depressivas e vou ajudar, dar conselhos, tirar a pessoa daquela situação. Mas eu não faço isso comigo. Porque não dá mais.
Droga, eu queria tanto ficar aqui. Porque ninguém me ajudou antes?
Ontem vi pessoas dizendo que a série 13 reasons why influência jovens a se suicidarem. Mas eu não acho isso.
Eu Estava planejando tirar minha vida a meses e essa serie só fez eu parar e pensar: Estou prestes a fazer algo muito idiota".
Sim, eu tinha desistido de tirsr minha vida por causa de uma série, mas depois algo mudou. Eu voltei com a decisão .
Então eu digo: Eu não me matei porque uma serie me influenciou, não pensem isso .
Eu me matei porque eu não aguentava mais existir assim. Eu ja estava morta, o que mais eu serviria nesse mundo? Uma garota totalmente sem essência, sem nada por dentro. Já imaginou um oceano no meio da tempestade? O céu escuro? É assim dentro de mim. Mas tudo silencioso. Tudo muito destruído e silencioso. Tudo muito angustiante e doloroso.
É dificil acordar de manhã e pensar:
"Mais um dia em que irei ter lembranças más" "Mais um dia ao lado de pessoas que não me amam, que me odeiam""Mais um dia sentindo uma imensa vontade de chorar em todos os momentos" "Mais um dia desejando morrer"
Então eu quero pedir que sejam mais tolerantes. Depressão não e é frescura.
Não neguem ajuda a aqueles que estao angustiados, no fundo do poço.
E quando forem se lembrar de mim, pensem em uma Thalia verdadeira. Aquela feliz que vocês viam era total mentira.
Adeus
Thalia Mendes Meireles.
As pessoas passam a vida inteira julgando tudo que vêem. Jogam palavras que não voltam, olhares que machucam, rejeitam, maltratam, usam. Isso dói, tá legal? O ser humano vai guardando isso dentro de si até formar uma grande bola prestes a explodir. Você pode ver uma pessoa sorrindo, parecendo feliz, mas não se engane, sempre há coisas além. Por isso somos cegos. Nunca vemos além.
Aquela menina sentada de cabeça baixa tá precisando de ajuda. Mas o que as pessoas fazem? "Fulana está na bad".
Que sociedade maldita. Como se tristeza fosse algo irrelevante, que nao precisa de atenção. Idiotas. Quando é tarde eles se perguntam o que tinha de errado.
Pais que não vêem seus filhos se cortando, se drogando, se destruindo. Escolas que não vêem o bulling debaixo do seu nariz.
Pais que estrupam os filhos, mães que humilham, irmãos que rejeitam.
Malditos. Malditos.
Tudo isso acima faz a mente humana enlouquecer, sabia? Ela definha, fica angustiada e cheia de coisas inexplicáveis, pensamentos perigosos. Você vê no jornal aquele jovem que matou inúmeros estudantes e julga. Já parou pra pensar o que levou ele fazer aquilo? Será que não foi a hipocrisia e idiotice da sociedade?
Essa sociedade que nos coloca em um lugar durante anos, em total humilhação e depois quer escolher um futuro pra nós.
Ninguém nunca vê. Até que é tarde.
Eu não queria morrer. Eu penso que tenho um futuro pela frente. Eu sei que tenho.
Tnho mais amigos para fazer, mais músicas para escutar, mais pessoas para namorar, mais shows para ir. Tanta coisa.
Mas sabe o que eu e outras milhões de pessoas pensam sobre isso?
"Eu não tenho força de vontade para continuar. Eu não sou forte, eu não consigo seguir em frente sem derrubar mais uma lagrima".
Sejam mais gentis, por favor. Amem mais, ajudem mais, vêem mais, peguem na mão de pessoas que estão se afogando. Dê sua mão.
Dê um sorriso.
Eu tenho inúmeros motivos para ter feito o que fiz.
Meu próprio pai me abusou e foi por isso que eu morri por dentro. Eu fui morrendo durante dois anos. Fui vendo minha morte sem poder fazer nada a respeito.
Quantos cortes eu nao fiz?
Eu até apelei a drogas, o que não resultou em nada.
Meu pai iniciou a destruição.
Minha mãe me tirou minha rotina e passou a assistir tudo em total inconsciência. Eu sei que ela via, mas quem disse que ela percebia?
Ela era uma mãe tão atenciosa, o que aconteceu? Porque ela ficou tão alheia? Porque ela demonstra amar mais a meu irmão? Porque ela não me ama? Porque ela não me abraca e me beija assim como ela faz com meu irmão?
Porque ela me humilha por causa de um erro tão pequeno?
Porque ela não pergunta como foi meu dia na escola? Porque ela não quer saber o motivo de eu estar tanto tempo trancada no quarto? Porque ela não pergunta o motivo de eu usar tanta blusa de manga comprida?
Ela ta deixando eu morrer sem fazer nada. E eu não quero as lágrimas de meus pais. Eu sentiria nojo delas. Eu sentiria nojo porque eu passei a odiar meu pai e odiar minha nova mãe. Porque eu ainda amo aquela mãe que me abraçava e me beijava. É como se ela não me amasse mais porque fui usada pelo meu pai, como se ela sentisse nojo de mim.
Sim, ela sabe do abuso, mas jogou pra debaixo do tapete. Assim como aquela maldita escola em que eu passei os piores momentos da minha vida.
Eu ja tentei suicídio outras vezes. E isso e é horrível, porque eu já sei a sensação.
Pensar em suicídio é uma coisa, mas planejar e ir no ponto é outra.
Dá aquele aperto no peito, aquela sensação de frio na barriga. "O que acontecerá depois disso?" Eu não acredito em deus, eu creio que depois disso não há nada.
Mas enfim, fazer isso é difícil. Eu sou muito covarde.
Eu irei deixar muita coisa no mundo e o mundo ira perder muita coisa. Eu sou diferente. Eu sou uma daquelas pessoas que os outros precisam .
As vezes acho que sou hipócrita porque eu vejo pessoas depressivas e vou ajudar, dar conselhos, tirar a pessoa daquela situação. Mas eu não faço isso comigo. Porque não dá mais.
Droga, eu queria tanto ficar aqui. Porque ninguém me ajudou antes?
Ontem vi pessoas dizendo que a série 13 reasons why influência jovens a se suicidarem. Mas eu não acho isso.
Eu Estava planejando tirar minha vida a meses e essa serie só fez eu parar e pensar: Estou prestes a fazer algo muito idiota".
Sim, eu tinha desistido de tirsr minha vida por causa de uma série, mas depois algo mudou. Eu voltei com a decisão .
Então eu digo: Eu não me matei porque uma serie me influenciou, não pensem isso .
Eu me matei porque eu não aguentava mais existir assim. Eu ja estava morta, o que mais eu serviria nesse mundo? Uma garota totalmente sem essência, sem nada por dentro. Já imaginou um oceano no meio da tempestade? O céu escuro? É assim dentro de mim. Mas tudo silencioso. Tudo muito destruído e silencioso. Tudo muito angustiante e doloroso.
É dificil acordar de manhã e pensar:
"Mais um dia em que irei ter lembranças más" "Mais um dia ao lado de pessoas que não me amam, que me odeiam""Mais um dia sentindo uma imensa vontade de chorar em todos os momentos" "Mais um dia desejando morrer"
Então eu quero pedir que sejam mais tolerantes. Depressão não e é frescura.
Não neguem ajuda a aqueles que estao angustiados, no fundo do poço.
E quando forem se lembrar de mim, pensem em uma Thalia verdadeira. Aquela feliz que vocês viam era total mentira.
Adeus
Thalia Mendes Meireles.