A Arte de
Escrever – Como Max Lucado começou sua vida de escritor.
O jovem aspirante a escritor estava
precisando de esperança. Muitas pessoas lhe haviam dito para desistir. “É quase
impossível conseguir que seu trabalho seja publicado”, disse-lhe um orientador.
“A menos que você seja uma celebridade nacional, os editores nem sequer falarão
com você”. Outro avisou: “Escrever toma muito tempo. Além disso, você não vai
querer colocar todos os seus pensamentos no papel”.
No início ele ouviu. Concordou que
escrever era um desperdício de esforço e voltou sua atenção a outros projetos.
Mas de alguma forma, a caneta e o bloco de notas eram como o café e a Coca-Cola
para o viciado em palavras. Ele preferia escrever a ler. Então escrevia.
Quantas noites ele passava naquele sofá, em um canto do seu apartamento,
misturando sua coleção de verbos e substantivos? E quantas horas sua mulher lhe
fez companhia? Ele fazendo artesanato com as palavras. Ela bordando em ponto de
cruz. Por fim, ele terminou um manuscrito. Cru e cheio de erros, mas terminado.
Ela lhe deu o empurrão que faltava. —
Por que você não o envia? Que mal há nisso?
Então ele fez isso. Enviou o
manuscrito a quinze diferentes editores. Enquanto o casal esperava, ele
escrevia. Enquanto ele escrevia, ela bordava. Nenhum deles tinha muitas
expectativas, mas ambos esperavam. As respostas começaram a chegar. “Sentimos
muito, mas não aceitamos manuscritos não solicitados”. “Estamos devolvendo o
seu trabalho. Felicidades”. “Não temos espaço em nosso catálogo para autores
nunca dantes publicados”.
Ainda tenho essas cartas. Em uma
pasta, em algum lugar. Encontrá-las levaria algum tempo. No entanto, encontrar
o bordado de Denalyn não leva tempo algum. Para vê-lo, tudo o que tenho que
fazer é levantar os olhos do meu monitor e olhar para a parede. “Entre todas as
artes nas quais os sábios são proficientes, a maior obra-prima da natureza é
escrever bem”.
Com isso ela me deu tempo para que a
carta número quinze chegasse. Um editor tinha dito sim. Aquela carta também
está emoldurada. Qual dos dois quadros significa mais para mim? O presente da
minha esposa ou a carta do editor? O presente, claro. Ao dar-me o presente,
Denalyn deu-me esperança.
O amor faz isso. O amor estende um
ramo de oliveira à pessoa amada e diz: “Eu tenho esperança em você”.
Fonte: “Quando a Sua Esperança é
Pequena” por Max Lucado (em “Um Amor que Vale a Pena”, copyright editora CPAD,
Rio de Janeiro, 2003).
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