“Domingo passado, na igreja, eu
prestava atenção a uma criança que se virava para trás e sorria para todos. Ela
não estava fazendo barulho, nem estava cantarolando, ou chutando, nem rasgando
os hinários, nem mexendo na bolsa da mãe. Apenas sorrindo. Finalmente, sua mãe
olhou para ela com cara feia e num sussurro teatral que poderia ser ouvido em
um pequeno teatro da Broadway, disse: “Pare de sorrir! Você está na igreja!”.
Em seguida, deu-lhe um tapa e, quando as lágrimas começaram a rolar pela face
da criança, a mãe acrescentou: “Assim é melhor”, e retornou às suas orações....
Subitamente, eu fiquei zangada.
Percebi que o mundo inteiro está em lágrimas e, se você não está chorando, é
melhor começar. Eu quis abraçar aquela criança com o rosto molhado de lágrimas
e lhe falar a respeito do meu Deus. O Deus feliz. O Deus sorridente. O Deus que
precisa ter senso de humor para ter criado gente como nós... Por tradição as
pessoas usam a fé com a solenidade de acompanhantes de enterro, a seriedade de
uma máscara trágica e a dedicação de um participante do Rotary.
Que loucura, eu pensei. (...) Se
ela não podia sorrir na igreja, para onde deveria ir?”.
Do livro “ Maravilhosa Graça”.
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