Mulheres de coragem!!

Sifrá e Puá

Texto: “E o rei do Egito falou as parteiras das hebréias (das quais o nome de uma era Sifrá, e o nome da outra, Puá). E disse: Quando ajudardes no parto as hebréias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva. As parteiras, porém, temeram a Deus e não fizeram como o rei do Egito lhes dissera; antes, conservaram os meninos com vida”. (Ex 1.15 - 17).

Sifrá e Puá são duas mulheres na Bíblia que aparecem rapidamente na história do Êxodo. Exerciam a função de parteiras. Uma tarefa melindrosa, porém gratificante. Parteira, no original, yalad, significa: “quem ajuda dar a luz”. Função nobre, atividade ilustre. Responsabilizavam-se por vidas. Eram mulheres dotadas de conhecimento e habilidade. Provavelmente, eram idosas, ou melhor, experientes. Atuavam como amigas e conselheiras das hebreias.

Estavam habituadas a realizar partos, todavia, quando menos esperavam, recebem uma ordem que vem diretamente de Faraó. Era um edito cruel, oriundo da mente maquiavélica de um déspota insensível. A nação de Israel estava crescendo assustadoramente e na tentativa de se precaver de uma possível revolta, o líder do Egito ordena que as parteiras matem os bebês hebreus do sexo masculino, e poupem a vida, das mulheres que nascessem. Era uma resolução revoltante. Sifrá e Puá se viram em um beco sem saída. Poupar a vida dos meninos era o mesmo que arriscar suas próprias vidas.

Estas mulheres agiram com firmeza. Não titubearam. Ficaram do lado da verdade. Preferiram viver com a verdade, ou morrer por ela. Trilharam o caminho da justiça. Desobedeceram à ordem de Faraó, afinal de contas, eram parteiras e não assassinas. Não fizeram parcerias com o erro. Recusaram derramar sangue inocente. Desobedecer a uma ordem de Faraó era motivo de morte. Todavia, a semelhança de Martinho Lutero, o slogan destas mulheres foi: “Paz se possível, verdade a qualquer custo”.

 

A vida do menino Moisés foi preservada pelo ato de bravura dessas duas mulheres, o restante da história todos sabem.

Sifrá e Puá tiveram personalidade. Agiram com destreza. Desobedeceram sem fazer alarmes. A Bíblia diz que “temeram a Deus”. O temor ao Senhor é o princípio da sabedoria e a base do entendimento. O temor a Deus é a chave da fidelidade, o manual de instrução da equidade. John Witherspoon declarou que “somente o temor a Deus pode livrar-nos do temor aos homens”. Como podemos aprender com estas mulheres! O caminho mais fácil nem sempre é o mais certo. Às vezes, obedecer cegamente é agir em conivência com o erro. Através deste pequeno fragmento da história bíblica aprendemos que “se a coragem que existe em nós lutar pela justiça que deveria existir ao nosso redor, podemos construir um mundo bem melhor”.

 

 

Postado porPastor Israel Trota